Presidente do São Paulo, Julio Casares mostrou desconexão de sua torcida em entrevista coletiva para abordar a situação financeira do clube, avalia Arnaldo Ribeiro no UOL News Esporte, do Canal UOL.
Segundo o comentarista, além de distanciar o são-paulino em seu segundo mandato, Casares enfrenta dificuldades para manter apoio político até o final da gestão.
O que me chama atenção é quando ele divide como se fossem duas pessoas diferentes: o primeiro mandato do Casares, que foi para reconectar o torcedor e ganhar campeonatos, e o segundo, para recolocar o clube nos trilhos e diminuir a dívida galopante. Pois bem, nesse segundo mandato, ele perdeu tudo que construiu no primeiro — ele desconectou o torcedor.
O torcedor não suporta mais e talvez não suporte os últimos 14 meses de mandato. Além disso, ele vai perdendo apoio no Conselho e nos seus simpatizantes. Então, ao não reduzir preços de ingressos, não promover o jogo no Morumbi, ao não estender a mão ao torcedor, essa reconexão do primeiro mandato se acabou.
Arnaldo Ribeiro
O comentarista também destaca o aspecto positivo da coletiva de Casares. Para Arnaldo, a diminuição real da dívida em 2025 com previsão de superávit em 2026 pode amenizar a situação junto a torcida, caso se confirme quando sair o balanço.
Acho que um ponto apenas positivo nessa entrevista para o torcedor do São Paulo é o relatório que ele prometeu divulgar, que aponta a redução da dívida do São Paulo e o indicativo de superávit em 2025. Isso seria um sinal importante porque, de fato, como ele está dizendo, diminui a dívida, e nenhum clube brasileiro vai diminuir esse ano, a não ser o São Paulo, que estava numa dívida galopante. É um bom sinal, desde que bem explicado.
Arnaldo Ribeiro
Se ele encerra o primeiro mandato como campeão da Copa do Brasil, com novos contratos, ele provavelmente entraria para a história como o presidente que devolveu a dignidade ao São Paulo, mas não, a mosquinha do poder é irresistível. Manobrou para ser reeleito e o segundo mandato é um desastre completo. A não ser pela informação importante que a gente precisa ficar de lupa pelos relatórios de balanço até o final do ano, de uma certa guinada de rumo do São Paulo, que estava indo à falência, para um São Paulo que pode ter uma salvaguarda econômica, o que não significa time forte, time bom para 2026 ou um aceno do presidente ao seu público.
Arnaldo Ribeiro
'Derrotas com falhas individuais sempre deixam sequelas', diz Arnaldo
Para quem tinha nesse jogo a esperança de ir para a Copa, vai ficar mais difícil porque as derrotas sempre deixam sequelas, ainda mais derrotas com falhas individuais marcantes. Partidas às vésperas de Copa do Mundo, de fato, costumam ser taxativas.
Arnaldo Ribeiro
Arnaldo: 'Não levaria para a Copa quem atua no futebol brasileiro'
Eu tenho uma tese, é muito particular, todo mundo discorda da minha tese. Eu acho que no atual estágio do futebol brasileiro é quase como a convocação da seleção argentina -- a possibilidade de um jogador que atue no Brasil ser melhor do que um da posição dele que atua fora do país é mínima. Existem três goleiros fora do país melhores do que os daqui, existem zagueiros melhores do que os daqui, porque o nível de enfrentamento é outro. Os caras jogam contra o Mbappé no final de semana.
Arnaldo Ribeiro
Paulo Henrique fez um gol belíssimo, mas marcação preocupa, avalia Arnaldo
Hoje, eu acho que o mais difícil de a gente avaliar que é justamente o PH, do Vasco, que fez o gol. Porque o gol é belíssimo e mostra a principal virtude dele, o apoio, mas no segundo tempo na marcação foi um desastre. Só que essas coisas não passam, o cara que vê os melhores momentos, ele ia pôr o PH na Copa. Pô, olha o gol que ele fez, meteu meio que de três dedos. Mas quando a seleção começa a tomar a pressão, na marcação, foi um Deus no acuda do lado dele.
Arnaldo Ribeiro
Veja horários das lives do UOL Esporte:


























Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.