Há vagas: amistoso Brasil x Japão é crucial em disputas por lugar na Copa
No papel, é um amistoso. Mas o duelo entre a seleção brasileira e o Japão, às 7h30 (de Brasília) desta terça-feira virou uma espécie de final para parte dos jogadores que estão com a delegação nesta data Fifa.
Espera-se oito mudanças na equipe titular com relação à goleada por 5 a 0 contra a Coreia do Sul. De acordo com o GE, o time irá a campo com Hugo Souza; Paulo Henrique, Fabrício Bruno, Lucas Beraldo e Carlos Augusto; Casemiro, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Luiz Henrique, Vini Júnior e Gabriel Martinelli.
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A manutenção de apenas três titulares — Casemiro, Bruno Guimarães e Vini Jr. — reforça que Carlo Ancelotti quer avaliar novos jogadores, sabendo que talvez seja a primeira (e única) vez que poderá ver alguns dos atletas em ação desde o princípio de uma partida.
O tempo joga contra. Após o duelo contra o japoneses, a seleção voltará a se encontrar em novembro, para duelos contra Senegal e Tunísia, em Londres e Paris. Depois, o grupo só voltará a se reunir em março de 2026.
Ancelotti já avisou que, para os dois primeiros jogos do ano que vem, possivelmente contra europeus, a ideia é já ter uma base consolidada, muito próxima à convocação final.
"É um momento, até a data Fifa de novembro, onde poderemos experimentar algumas coisas, dar mais oportunidades a outros jogadores. A data Fifa de março pode ser a lista que vai jogar a Copa do Mundo", disse o treinador.
Neste cenário, há jogadores que podem ter, diante dos japoneses, a última chance com a camisa da seleção até a lista final.
O goleiro Hugo Souza, os zagueiros Fabrício Bruno e Lucas Beraldo, além dos laterais Paulo Henrique e Carlos Augusto fazem parte deste grupo.
Chance de ouro
Titular da seleção brasileira pela primeira vez, Hugo Souza é um bom exemplo. Com os possíveis retornos de Alisson e Ederson, ambos lesionados, o arqueiro do Corinthians talvez não tenha uma nova oportunidade de jogar antes da convocação para a Copa.
Pelo que já se viu em chamadas anteriores, a tendência é que ele dispute com Bento uma vaga na lista final.
Quem vive situação semelhante são os laterais-direitos Paulo Henrique, possível titular contra o Japão, e Vitinho, que começou o duelo com a Coreia do Sul.
Convocados após os cortes de Vanderson e Wesley, eles têm pouco tempo para convencer Ancelotti a mudar a hierarquia da posição. Vitinho foi bem contra a Coreia do Sul. Agora, a bola está com o jogador do Vasco.
Na lateral-esquerda, também há um clima de expectativa. Douglas Santos foi o titular contra os sul-coreanos — antes, havia jogado também contra o Chile. Carlos Augusto começará jogando contra os japoneses; Caio Henrique também espera uma chance.
Nenhum dos três é apontado como nome certo na Copa do Mundo. Na convocação para a Data Fifa de novembro, caso Ancelotti opte por chamar mais jogadores que atuam no Brasil, Alex Sandro, do Flamengo, poderia voltar; Alex Telles, do Botafogo, esteve na primeira pré-lista da gestão do italiano, em maio.
A disputa na zaga é muito acirrada. Não é absurdo projetar uma predileção de Ancelotti por Marquinhos e Alexsandro, que estão machucados na data Fifa atual. Aí, Militão e Gabriel Magalhães completariam o quarteto de zagueiros da Copa. Ancelotti pode querer levar mais um, com versatilidade. Beraldo pode ser esse cara, disputando com Fabrício Bruno.
A disputa pelas vagas no ataque também é grande. Com o bom desempenho do quarteto ofensivo — Vini Jr., Rodrygo, Estevão e Matheus Cunha — contra a Coreia do Sul, a necessidade de um centroavante passou a ser colocada em discussão.
Contra o Japão, a formação sem um jogador de referência no ataque continua: Gabriel Martinelli e Luiz Henrique começarão jogando, com Vini Jr. completando o trio.
Nesse contexto, Richarlison e Igor Jesus ficam à espera de uma chance para mostrar serviço. O possível retorno de João Pedro, na convocação de novembro, deixaria a disputa por uma vaga no ataque ainda mais acirrada. Raphinha também deve voltar, e uma lista com mais cara de Brasileirão poderia trazer ainda nomes como Kaio Jorge ou Pedro.