Casares falou com Samir Xaud após Choque-Rei; CBF admitiu erros no clássico
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A CBF admitiu ao presidente do São Paulo, Julio Casares, que a arbitragem errou no Choque-Rei deste domingo - que terminou 3 a 2 para o Palmeiras. O presidente do São Paulo falou com o presidente Samir Xaud e com o presidente da comissão de arbitragem, Rodrigo Cintra, logo depois do jogo.
Erros reconhecidos
O UOL apurou que as ligações duraram cerca de 20 minutos. O diálogo entre Casares e o presidente da CBF aconteceu em meio à viagem de Xaud à Seul, onde a seleção brasileira enfrentará a Coreia do Sul na próxima sexta-feira.
Na conversa com Cintra, ouviu que tinha razão nas reclamações. Foi nessa conversa que a CBF admitiu os erros no Choque-Rei.
A comissão adota um discurso de que tem trabalhado nas melhorias da arbitragem, mas reconhece nos bastidores que há dias mais complicados, em razão do que acontece em campo.
Classificação e jogos
As reclamações do Tricolor se baseiam em quatro lances: um pênalti não marcado em Gonzalo Tapia, a não expulsão de Andreas Pereira após um pisão na canela do chileno, a não marcação de falta em Tapia no lance que originou o primeiro gol do Palmeiras e a não expulsão de Gustavo Gómez após cotovelada no camisa 14, que acabou com o rosto ensanguentado.
Nenhum dos momentos teve intervenção do VAR. O Palmeiras também reclama de lances, como a expulsão de Bobadilla, em lance de falta quando o volante já tinha um cartão amarelo, e em uma falta em Vitor Roque na origem do segundo gol do São Paulo.
Nota oficial
O São Paulo divulgou uma nota oficial contra o árbitro da partida, Ramon Abatti Abel, e contra o árbitro do VAR, Ilbert Estevam da Silva. Veja a íntegra abaixo:
"O São Paulo Futebol Clube manifesta profunda indignação com a arbitragem de Ramon Abatti Abel e com a atuação do árbitro de vídeo, Ilbert Estevam da Silva, na partida deste domingo (05), contra o Palmeiras, no MorumBIS, pelo Campeonato Brasileiro.
Os erros cometidos em lances capitais tiveram influência direta no resultado do jogo e representam um grave prejuízo esportivo ao São Paulo FC. O mais escandaloso equívoco foi a não marcação de um pênalti claro em Gonzalo Tapia, quando o time são-paulino já vencia o jogo por 2 a 0. Mesmo diante da evidência do lance, o árbitro de campo ignorou a infração, e o VAR, que deveria corrigir o erro, optou por se omitir, causando perplexidade a todos que acompanharam a partida.
Pouco tempo depois, o São Paulo também foi prejudicado por outra falta clara em Gonzalo Tapia em jogada que originou um gol do adversário — novamente sem qualquer intervenção da equipe de arbitragem. Outros lances também passaram impunes: Gustavo Gómez atingiu Gonzalo Tapia com uma cotovelada e um pisão, em jogadas distintas, além do carrinho desproporcional de Raphael Veiga em Enzo, por trás, e da solada com o pé alto de Andreas Pereira em Marcos Antonio — passíveis de cartão vermelho, mas também ignorados pelo árbitro e pelo VAR.
O São Paulo Futebol Clube exige que a Comissão de Arbitragem da CBF adote medidas imediatas diante de mais uma atuação desastrosa da equipe de arbitragem, que compromete a credibilidade da competição e o trabalho realizado por jogadores, comissão técnica e diretoria".























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