Leila sobe o tom: 'Seria bonito formarmos nova liga excluindo o Flamengo'

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, subiu o tom contra o Flamengo em meio ao fato de o rubro-negro bloquear o pagamento de R$ 77 milhões aos clubes da Libra (Liga do Futebol Brasileiro).

O que aconteceu

A mandatária sinalizou sugerir uma exclusão dos cariocas em uma futura liga organizada entre os clubes. As declarações foram dadas ao "Esporte Record", e o Portal R7 publicou um corte da entrevista no Instagram — o material completo será exibido no domingo.

Leila ainda alfinetou a diretoria do Flamengo. Sem citar nomes, a palmeirense disse que "é muito difícil" ver "gestores com essa mentalidade" no futebol brasileiro. Hoje, o colunista Danilo Lavieri, do UOL, publicou que alguns dirigentes ensaiavam um movimento em conjunto.

A minha sugestão seria nós criarmos uma outra liga excluindo o Flamengo. Acho que o Flamengo deveria jogar sozinho. Nenhum clube é maior do que o futebol brasileiro. O Palmeiras não joga sozinho, e o Flamengo não joga sozinho — só se ele quer jogar ele contra o sub-20 dele. Acho que seria bonito nós formarmos uma nova liga excluindo o Flamengo, e aí o Flamengo joga com ele mesmo. Quero ver a audiência que vai ter. Acho muito difícil gestores com essa mentalidade. Isso não engrandece em absolutamente nada o futebol brasileiro Leila Pereira, ao "Esporte Record"

Entenda o caso

A Libra foi surpreendida com a liminar na Justiça do Rio, a favor do Flamengo, que trava pagamentos de uma parcela dos direitos de TV do Brasileirão que seria distribuída pelos clubes que fazem parte do bloco — composto, na Série A, por Atlético-MG, Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo, Santos e Vitória.

Flamengo e Palmeiras fazem parte do bloco da Libra
Flamengo e Palmeiras fazem parte do bloco da Libra Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Se o bloqueio prevalecer até o final do ano, por exemplo, significa que cerca de R$ 230 milhões ficarão travados e em discussão na Justiça. O montante travado até o momento é de R$ 77 milhões.

Dirigentes entendem que o movimento é uma tentativa do Flamengo de sufocar os membros do próprio bloco para mudança nos critérios de distribuição da verba referente à audiência, que representa 30% do total do contrato com a Globo. O Flamengo, por sua vez, entende que a disputa na Justiça foi o caminho viável para resolver um debate que dura cerca de dez meses.

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A Libra tenta reverter a decisão na Justiça. "A Libra sempre se dedicou a atender aos interesses dos associados, incluindo questionamentos do Flamengo em relação ao modelo vigente. Mesmo se tratando de um tema debatido exaustivamente no passado, o assunto voltou à pauta e foi submetido à vontade democrática de todos os membros, que votaram pela manutenção do formato atual. A instituição não poupará esforços para defender na justiça a legitimidade das decisões coletivas e o cumprimento dos contratos", informou a liga, em nota divulgada na semana passada.

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