Palmeiras x Bota reacende rivalidade e põe fim à 'união' brasileira na Copa
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Se antes teve gente comemorando gol do Botafogo contra o PSG ou deixou escapar a vibração pela virada do Flamengo sobre o Chelsea, as oitavas de final iniciam de vez o modo "cada um por si" no Mundial de Clubes.
E um enfrentamento brasileiro já reacende a rivalidade doméstica. Agora, para o mundo todo ver.
Obviamente, essa história de torcer para rival não foi unanimidade em solo brasileiro — muito menos nos Estados Unidos. Tem gente que não abre mão da velha e boa secada.
Mas não foi difícil achar nas redes sociais, por exemplo, quem achou bem legal a onda dos brasileiros na primeira fase da Copa do Mundo de clubes. Até protagonistas da competição exaltaram o que os rivais fizeram.
Classificação e jogos
"As vitórias mostram a força do futebol brasileiro. Eu acho que a gente tem que valorizar o que o Abel vem fazendo com o Palmeiras, o que o Filipe Luís vem fazendo com o Flamengo e o que o meu xará Renato (Paiva) vem fazendo no Botafogo", disse Renato Gaúcho, técnico do Fluminense.
O sentimento foi cultivado como um contraponto e — quem sabe — um ar de superioridade dos europeus.
Mas quando a Fifa fez o pessoal do Velho Continente descer do Olimpo para jogar contra times de outros lugares do mundo, o desempenho dos brasileiros saltou aos olhos.
Foi um movimento gradual. Palmeiras e Fluminense empataram com Porto e Borussia Dortmund na primeira rodada. Depois, veio a épica vitória do Botafogo sobre o PSG, completada pela virada espetacular do Flamengo sobre o Chelsea.
"Bem-vindo ao mundo real", chegou a dizer o técnico Pep Guardiola, do Manchester City.
A Conmebol também chegou a surfar na onda, principalmente antes da derrocada do Boca Juniors.
Os quatro brasileiros chegaram a liderar os respectivos grupos ao término da segunda rodada da fase de grupos.
"Sei que não gostamos de ver o Flamengo vencer, mas gosto de ver o Flamengo vencer contra o Chelsea. Gosto de ver Palmeiras vencendo jogos (na Copa do Mundo). Gosto de ver o Brasil dando uma surra no mundo inteiro. Temos os melhores jogadores do mundo, agora eles sabem que também temos os melhores clubes. Eu amo esse clube e amo vocês", disse John Textor, dono da SAF Botafogo.
Mas agora, o próprio Textor vai ter que priorizar os próprios interesses.
Sábado, o mata-mata começa com um confronto que promete demais, diante do Palmeiras. Os dois times se conhecem muito bem e protagonizaram disputas emocionantes no Brasileirão e na Libertadores de 2023 para cá. Isso agora ganha outra dimensão no Mundial de Clubes.
A união brasileira tem limite.
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