7 dicas sobre o Flamengo que Rafinha (não) pode contar aos amigos do Bayern
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Thomas Müller, alemão gaiato do Bayern de Munique e carrasco de brasileiros desde 2014, mandou a real logo depois de descobrir que enfrentaria o Flamengo nas oitavas de final do Mundial de Clubes.
O plano é recorrer a um amigo: Rafinha, que jogou oito anos e meio no time alemão, mas que entrou na galeria de nomes recentes históricos do Flamengo, por fazer parte do time inesquecível de 2019.
O ex-lateral-direito está comentando o Mundial no SporTV e não negou a saia justa. Mora no Rio, conhece Filipe Luís tão bem e ficou em cima do muro sobre a preferência por Fla ou Bayern no jogo de domingo.
O alemão parte de um ponto de um desconhecimento quase total do Flamengo. Müller admitiu que nem neste Mundial conseguiu ver o time brasileiro em ação. Os estudos começam agora.
Classificação e jogos
Mas dá para fazer um exercício dos detalhes que Rafinha pode (ou não, dependendo da torcida) falar para Müller.
1 - O DNA do time? Jogar para frente
O time de Felipe Luís, por natureza, não abre mão da filosofia de atacar sempre. O jogo contra o Chelsea foi um recado, mesmo diante de um adversário europeu. Ou seja, o comportamento do adversário do Bayern será diferente do que fez o Benfica ontem. Filipe Luís é discípulo de Jorge Jesus e não esconde.
2 - Vai sobrar espaço nas costas do Fla
A consequência do DNA do Flamengo é ficar exposto. A partir do momento em que o Bayern furar a pressão, pode encontrar espaço às costas da zaga. Por razões diferentes, os dois gols que o Flamengo tomou até agora no Mundial foi em lances de velocidade. No primeiro, Wesley falhou na rebatida de uma bola longa. No segundo, Danilo foi batido e Boulanga chegou a abrir o placar para o Los Angeles. Filipe Luís admite: a ideia de atacar sempre que dá pode deixar o time exposto. E esse é um risco que ele admite correr.
3 - Quem é o cara do ataque?
O Bayern precisa ficar de olho à mobilidade de nomes como Plata e Bruno Henrique. Intensos e velozes. BH, inclusive, já jogou no futebol alemão (Wolfsburg), mas atualmente tem função bem diferente do que exercia naquela época. Ficou um cara mais goleador, tem velocidade e ataca o espaço, caso o Bayern se lance à frente de forma descuidada. A fase de Pedro, que esteve na última Copa do Mundo, não é das melhores neste Mundial. Mas os alemães precisam vigiar a técnica do camisa 9 do Fla.
4 - Atenção a Jorginho
O cara nem bem chegou ao Flamengo, mas já caiu como uma luva. Neutralizar a criatividade do Flamengo hoje passa muito por um jeito de sufocar Jorginho. Como segundo volante, ao lado de Pulgar, apareceu na hora certa para compensar a lesão do uruguaio De La Cruz. Os jogadores do Bayern o conhecem de longa data por estar na elite europeia desde que passou a brilhar pelo Napoli.
5 - Detalhes físicos
Como o Flamengo curte jogar com pressão e em velocidade, o aspecto físico tem sido importante. Se Rafinha for camarada, vai aconselhar os alemães a pouparem o fôlego durante a semana para que no domingo aguentem a maratona sob o sol de Miami. Filipe Luís não tem problema em tirar astros do time, como Arrascaeta, se precisar revigorar a equipe.
6 - Tem que vigiar o garoto
Não dá para subestimar Wallace Yan neste Mundial. O garoto tem menos de meia hora em ação (desconsiderando acréscimos). Já fez dois gols na competição. A fase é boa, apesar de ele ainda ser muito jovem e pouco badalado neste Flamengo. Deve ser uma alteração no time brasileiro para o segundo tempo.
7 - E esse tal de Arrascaeta?
Ele parece meio lento, mas não dá para dar espaço a esse uruguaio. Está jogando tão bem quanto em 2019 — quando Rafinha viu de perto. Os chutes na entrada da área parecem despretensiosos, mas podem ser letais.
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