Palmeiras: Abel assume culpa por 1º tempo 'duro' e revela papo no intervalo
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O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, admitiu ser o principal culpado pelo 1º tempo "duro" de sua equipe diante do Inter Miami, em jogo que acabou em 2 a 2 e foi válido pela última rodada do Grupo A do Mundial. O alviverde foi para os vestiários perdendo por 1 a 0, mas se recuperou mesmo após Suárez aumentar e conseguiu igualar o marcador nos minutos finais.
O que ele falou?
Apagão no 1º tempo. "Minha análise é que entramos bem nos primeiros 15 minutos e ficamos assim até sofrermos o gol. Depois, não conseguimos condicionar nosso adversário e permitimos que eles ficassem com a bola, isso frustrou. Tenho que chamar a responsabilidade para mim porque não ajudei meus jogadores no 1º tempo. Eles tinham quatro jogadores com muita habilidade por dentro. Sempre que nossos volantes saltavam, não conseguíamos fazer os timings de pressão. A responsabilidade é minha neste quesito. No 1º tempo, não ajudei meus jogadores."

Papo no vestiário. "No intervalo, eu disse: 'galera, tenham a certeza: vai ser impossível fazer pior do que foi o 1º tempo, a tendência é melhorar'."
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Mudança. "No 2º tempo, fizemos os ajustes táticos mesmo sofrendo o gol da forma que foi, que nos jogou para baixo... a nossa equipe tem algo que particularmente gosto, que é nunca desistir. Lutamos até o fim. Temos que ser sinceros e justos com o que o Inter Miami fez: não seria justo ganharmos este jogo. No 1º tempo, o treinador não ajudou, e no 2º tempo, fizemos os ajustes e fomos em busca do que era nosso objetivo, que era passar em 1º."

Arte vs resultado. "O jogo do Porto é sinal de que cada jogo tem uma história, e este jogo teve uma história diferente do que projetamos. Nos 15 minutos, fizemos o que tínhamos que fazer, mas perdemos o controle da posse muito pelas questões táticas, e isso é responsabilidade do treinador. Uma coisa é jogar para ganhar, e outra é jogar para jogar bonito. Eu jogo para ganhar. Há jogos em que os adversários nos condicionam. O jogo é como uma dança. Quando o adversário te pressiona, o jogo pode não ficar tão fluido. Por que o Miami nos tirou o controle? Porque não conseguimos pressionar. Quando acontece isso, o jogo não é muito bonito, mas sim competitivo."

Substitutos dando resultado. "O Maurício foi titular no 1º jogo. Ainda bem que temos estes jogadores para recorrer quando os titulares não estão bem. O Flaco, por exemplo, estava pedindo passagem e hoje não fez um jogo tão bom. Faz parte do futebol. Há jogadores com mais características para entrar depois de outros adversários estarem cansados e outros que conseguem nos dar coisas no início. Se o Maurício tivesse entrado no início, poderia não ter a frescura física para fazer o gol. Sorte a minha ter estes jogadores para refrescar, foi o que fizemos. Quem entrou, foi muito bem e decidiu. Na prancheta eu não perco um jogo... Mas é preciso valorizar nosso objetivo, que era passar em 1º depois de um jogo com 1º tempo duro para todos nós."
Oitavas contra Botafogo. Queríamos passar em 1º sem saber o que aconteceria. É uma rivalidade formada nos últimos anos, o Botafogo tem excelentes jogadores e um excelente treinador. Está com moral em alta, ganhou do PSG e hoje fez um bom desempenho contra o Atlético de Madri. É bom que as equipes brasileiras passem. Jogar futebol é comandar uma corrida de Fórmula 1 quando chove. Vai ser um jogo dividido entre duas equipes que são rivais e que lutaram pelos mesmos objetivos nos últimos anos."
Queda após gol do Miami. "Não esperávamos isso e nos abalou. Depois do gol, diante dos jogadores que eles têm, que gostam de voltar para pegar a bola, não conseguimos condicionar nosso adversário — e não adiantava o treinador falar porque eles estavam formatados para outra coisa. No 2º tempo, fizemos ajustes mesmo sofrendo o gol que sofremos. Conseguimos ter dinâmica, arriscamos, colocamos jogadores nos corredores... poderíamos, no último lance, ter ganho o jogo, mas não seria justo pelo que o Miami fez no 1º tempo.
O que fica de bom? "Há coisas para corrigir, e isso é uma lição para nós, e outras coisas muito boas que fizemos: ninguém levou amarelo, passamos em 1º, entrou mais dinheiro para o clube... é o que queríamos, e agora vamos ter uma boa disputa com dois brasileiros. Há coisas positivas nesta disputa."

Veiga titular. "A decisão pelo Veiga foi por ele ter mais experiência. No 1º jogo, iniciou o Maurício, depois o Veiga e agora o Veiga outra vez. O Maurício entrou bem hoje e fico contente com isso. Há jogadores que, quando entram, rendem melhor, e o treinador precisa saber disso."
Satisfação. "O principal era passar, ainda mais em 1º. Poder disputar de igual para igual com o Botafogo a próxima eliminatória... Se me dessem um papel antes do Mundial para eu assinar, dizendo que o final seria esse, eu assinaria."
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