Jogador acusado de racismo eliminou o Brasil junto com Messi há 20 anos
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Gustavo Cabral, zagueiro do Pachuca acusado de racismo durante jogo contra o Real Madrid no Mundial, já eliminou o Brasil atuando ao lado de Lionel Messi e virou ídolo na Espanha.
Quem é Gustavo Cabral?
Gustavo Cabral tem 39 anos e é argentino. Ele nasceu na cidade de Isidro Casanova, em 14 de outubro de 1985.
O zagueiro fez a base e se profissionalizou pelo Racing. Destaque na juventude, ele foi convocado diversas vezes pela seleção sub-20 da Argentina.
Cabral eliminou o Brasil e foi campeão da Copa do Mundo Sub-20 com a Argentina há 20 anos. Em 2005, ele foi titular na vitória argentina sobre a seleção brasileira por 2 a 1, na semifinal do torneio. Os argentinos venceram a Nigéria na final.
Classificação e jogos
O defensor foi companheiro de Messi na campanha do título. Além do camisa 10, outros nomes conhecidos, como Agüero e Zabaleta, faziam parte daquela seleção.
Cabral passou por River Plate, Arsenal de Sarandí e Estudiantes Tecos (MEX) antes de se mudar para a Europa. Ele foi para a Espanha em 2011.

O zagueiro defendeu o Levante e chegou ao Celta de Vigo em 2012. Cabral disputou 229 partidas pela equipe da região da Galícia, se tornou o quinto estrangeiro com mais partidas e saiu em 2019 como ídolo.
Jogador emblemático, comprometido, exemplar em todas as suas facetas, líder e companheiro de todos. Celta de Vigo, na postagem de despedida
Gustavo Cabral está no Pachuca desde 2019. Nesta temporada, ele tem 22 jogos disputados.
Suposto caso de racismo
Gustavo Cabral foi denunciado por supostamente ter cometido racismo durante Pachuca 1 x 3 Real Madrid, ontem, no Mundial. Ele foi acusado pelo zagueiro alemão Rüdiger, do clube espanhol.

Eles se envolveram em uma discussão na área de ataque do Real. Cabral acertou um tapa no rosto do adversário, que partiu para cima. Eles foram afastados, mas voltaram a discutir.
Rüdiger avisou ao árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel, que fez um gesto cruzando os braços em formato de "X" e ativou o protocolo antirracismo da Fifa.
Cabral negou ter cometido racismo. O defensor afirmou, na saída do estádio em Charlotte, que se referiu a Rüdiger como "cagão de merda".
Nos chocamos e depois houve uma discussão. O árbitro fez o sinal de racismo, mas não houve nada. Somente o chamei de um termo que usamos muito na Argentina, que é 'cagão de merda'. Em todo esse tempo eu repeti o mesmo. O jogo terminou um pouco quente, íamos para o vestiário e ele ficou me desafiando a brigar e nesse momento estávamos de cabeça quente, fomos para os vestiários discutindo mais. Ele ficou falando que me pegaria lá fora.
Foi o que ele disse [que houve racismo]. Mas eu disse um termo que sempre digo: 'cagão de merda'. Podem buscar nas imagens. Disse isso o tempo todo. Não temo sanção, não deve haver pena por isso. É um termo normal. Gustavo Cabral, à rádio Cope
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