'É uma competição brasileira', diz revista do NY Times sobre Mundial

A revista The Athletic, do jornal norte-americano NY Times, elencou vários argumentos para mostrar que o Mundial de Clubes é mais brasileiro do que de qualquer outro país.

O que aconteceu

O número de times e o número de jogadores são algumas das evidências exibidas pelo periódico, que fez uma análise profunda sobre a participação do Brasil na competição.

Talvez você tenha pensado que o Mundial é algo norte-americano. Provavelmente, você olhou as cidades-sede, o presidente da Fifa cumprimentando o presidente dos EUA, notou o jeito individual de os jogadores entrarem no gramado e ouviu o hino nacional dos EUA sendo tocado. Tudo muito norte-americano. [...] As aparências o enganaram. Na verdade, é uma competição brasileira. O resto do mundo apenas não percebeu ainda.
The Athletic

O Brasil é o país com mais jogadores no Mundial de Clubes. De acordo com a publicação, 508 atletas entraram em campo na primeira rodada, sendo que 70 nasceram em solo brasileiro - cerca de 14% do total.

Os quatro times brasileiros na competição também representam uma marca única. Além do Brasil, apenas os EUA, país-sede levou mais de duas equipes para o Mundial de Clubes. O regulamento diz que cada país poderia levar apenas dois clubes, a não ser que o mesmo país tivesse mais de dois campeões continentais no período da classificação - Botafogo (2024), Fluminense (2023), Flamengo (2022) e Palmeiras (2021) conquistaram a Libertadores.

O desempenho dos brasileiros é mais uma 'prova' na tese defendida pela revista. Em oito partidas nas duas primeiras rodadas, foram seis vitórias e dois empates, com as quatro equipes nas lideranças dos respectivos grupos.

A revista aponta que as boas atuações dos brasileiros não devem ser minimizadas, mas oferece algumas explicações. O clima, que seria mais comum aos brasileiros em relação aos europeus; a motivação, maior entre os sul-americanos que no Velho Continente; e o fato de que as equipes estão no meio da temporada, com os atletas no auge físico.

Por fim, o The Athletic destacou o recente crescimento financeiro dos clubes brasileiros, além da reestruturação de grandes clubes, como Palmeiras e Flamengo, como fatores positivos. O periódico apontou que as mudanças já haviam sido vistas na Libertadores - vencida por brasileiros nas seis últimas edições e que agora podem ser notadas em um palco maior.

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