'Escolhido', Paiva afasta dúvidas no Bota com mantra inspirado em Mourinho
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Renato Paiva elevou seu patamar no Botafogo com a vitória épica sobre o PSG, conquistada quase quatro meses após sua chegada com desconfiança ao clube. De lá para cá, o técnico português vem amenizando as dúvidas com a calma e a confiança de que convenceria os críticos com o tempo. Afinal, nem Guardiola e Mourinho agradam a todos, como ele mesmo já destacou.
O 'Escolhido'
Paiva assumiu o time celebrando ter sido o "Escolhido" por John Textor no final de fevereiro. Ele chegou para ser o sucessor de Artur Jorge após dois meses de procura por um novo treinador, mas não agradou parte da torcida. Ex-Benfica, ele veio do Toluca (México) e teve trabalho contestado no Bahia, em sua primeira passagem pelo Brasil, mas foi a aposta da diretoria entre as opções disponíveis.
Na época, o técnico minimizou as incertezas citando Guardiola e Mourinho e abraçou a missão de convencer os desconfiados. Ciente da situação, o novo comandante foi apresentado após o vice da Recopa Sul-Americana, para o Racing, e com o Alvinegro carioca vindo de seis jogos sem vencer.

Muitos nomes estiveram na mesa e o escolhido fui eu. O escolhido, como a torcida se vê, é um termo quase bíblico. A torcida se sente 'escolhida' por ser Botafogo. E no meio de tantos nomes eu fui o escolhido, o chosen one.
Renato Paiva, em sua chegada ao Botafogo
Classificação e jogos
Nem Guardiola nem Mourinho são unânimes, muito menos iria ser eu. Sei que há torcedores que gostam do nome, outros que não gostam. Para quem gosta, agradeço a confiança e estou preparado para dar essa resposta. Para os torcedores que não gostam, vou convencê-los a gostar. O time vai convencer os torcedores.
Paiva oscilou no início e foi até chamado de "burro", mas recolocou o time na rota antes do Mundial. Com ele à frente da equipe, o Glorioso buscou a vaga nas oitavas da Libertadores, melhorou no Brasileiro e viajou aos EUA com três vitórias seguidas.
'Glorificado' contra o PSG
A atuação na estreia do Mundial não empolgou, mas acabou em segundo plano com o feito histórico contra os atuais campeões europeus. O time teve outra postura em campo depois da vitória magra sobre o modesto Seattle Sounders e anulou o poderoso PSG para assumir a liderança do "grupo da morte".

O próprio Luis Enrique reconheceu que o Botafogo foi o time que melhor soube neutralizar o PSG. Renato Paiva saiu glorificado.
José Trajano, no Posse de Bola, sobre vitória contra o PSG
Ele agora tem outra "montanha a subir" contra o Atleti para seguir sonhando em busca de atingir o que seria o ápice da promessa que fez ao chegar. Há quatro meses, Paiva afirmou que estava pronto para dar a resposta ao desejo de títulos da torcida.
Os jogadores precisam perceber que ainda falta um jogo contra o Atlético de Madri. É outra montanha para subir. É uma equipe construída há muito tempo pelo Simeone e tem valores individuais extraordinários
Paiva, após derrotar o PSG
O Botafogo só não avança se perder por três ou mais gols de diferença para o time espanhol e o PSG vencer o Sounders. Os duelos decisivos do rupo B serão disputados na segunda, dia 23, ambos às 16h (de Brasília).
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