'Matamos o PSG com o mesmo veneno deles', diz técnico do Botafogo
O técnico Renato Paiva afirmou qual foi a "fórmula" usada pelo Botafogo para "matar" o PSG e conseguir uma vitória heroica por 1 a 0, hoje, no Mundial de Clubes.
Eu acho que a gente matou o PSG com o mesmo veneno que eles têm, sendo uma excelente equipe, jogando juntos, unidos, todo mundo defendendo, todo mundo atacando, e esse é o grande segredo do PSG. Então, a gente pagou com o mesmo veneno. Eles competem assim e ganham. Isso é o que nós fizemos. É uma equipe fantástica, um time fantástico. Eu falei para os caras: sejam uma equipe, aproveitem, joguem juntos, ataquem juntos, defendam juntos e aproveitem. E foi exatamente isso que eles fizeram. Renato Paiva, ao DAZN
E na coletiva, o que ele falou?
Resultado é histórico, certo? "Concordo porque esta vitória é dedicada à torcida gigantesca do Botafogo. Cada vez que este time consegue um feito deste tipo, orgulha sua torcida, e isso é histórico. É histórico por várias coisas. As perguntas, muitas evzes, eram sobre o confronto dos continentes. Estou feliz pelo Brasil, pelo jogador brasileiro, pelo treinador brasileiro, pelo treinador estrangeiro que trabalha no Brasil, pelo torcedor brasileiro... é um dia que orgulha muito. Estavam em campo o vencedor da Champions e o clube detentor da Libertadores, mas com metade da equipe já fora do elenco."
Papo com atletas. "Na preleção, o último slide aos jogadores foi a taça de cada competição [Champions e Libertadores]. O slide seguinte foi este grupo, porque este elenco tem jogadores que chegaram depois. Mérito a quem ganhou a Libertadores, claro, mas somos um grupo já diferente. Disse a eles: sejam vocês mesmos. Eles, de fato, foram, e isso me faz um treinador orgulhoso."
Concentração sem bola. "Fomos taticamente perfeitos. É um jogo que você quer ter a bola e propor, mas também temos que perceber quem está do outro lado e como joga. O PSG é a melhor equipe do mundo neste momento porque é a mais completa. Você tem que ser inteligente para jogar contra eles. Tínhamos um plano tático que era difícil de cumprir. Teríamos menos a bola e era preciso ter resiliência."
Elenco blindado. "Este grupo reage bem aos momentos negativos. Eles dão respostas. Contra o Seattle, ganhamos de 2 a 1 e parece que só ficou coisa negativa. Se já não éramos favoritos, passamos a ser massacrados, mas o cemitério do futebol está cheio de favoritos. Mas era uma questão de acreditar, sinceramente. E acreditar porque não é o exterior que nos define. Sabemos quem somos e como trabalhamos. Nos blindamos. Era a teoria do caos, mas temos consciência de quem somos. Hoje, foi possível."
1% de chance? "Este tal 1% que os jogadores falaram tem a ver com o que era mais importante, que era orgulhar nossos torcedores com vitória e exibição. No último jogo foi só a vitória, hoje foi os dois. Os bastidores deixam a lição: nós somos nós, e não o exterior."
Méritos dados por Luis Enrique sobre defesa. "Ele é uma referência para mim e para todos os treinadores pela pessoa que é. Ele fez com que o PSG ganhasse a Champions sendo uma verdadeira equipe. É análise de um treinador que tem humildade de dizer o que acontece. Sobre isso, não fizemos marcações individuais porque seria uma catástrofe para nós. Não houve uma oportunidade escandalosa do PSG. Defendemos muito bem e isso é mérito dos jogadores. Vejo com orgulho estas palavras, é mais um passo do nosso trabalho. Foi uma exibição muito completa da nossa parte.
Próximo jogo. "São três pontos, mas ainda não estamos classificados, e viemos para avançar. Isso não pode perder sentido no último jogo. Os jogadores precisam perceber que ainda falta um jogo contra o Atlético de Madri. É outra montanha para subir. É uma equipe construída há muito tempo pelo Simeone e tem valores individuais extraordinários."
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.