Filipe Luís cita Carioca e minimiza 'desculpas' por calor em Fla x Chelsea
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O técnico Filipe Luís minimizou as "desculpas" por causa de calor no Mundial de Clubes. Em entrevista coletiva hoje, um dia antes de Flamengo x Chelsea, o treinador citou o clima quente que a equipe enfrentou durante o Campeonato Carioca.
As duas equipes se enfrentam amanhã, às 14h do horário local da Filadélfia (15h de Brasília), com previsão de 26°C para o horário do jogo.
O calor influencia para os dois lados, não só para o Chelsea. Parece que só o Chelsea vai jogar no calor, mas não, a gente também sofre. Quando falamos no Brasil que está quente, tratam como desculpinha, jogamos com 38°C no carioca... Aqui vale [a desculpa]... É importante entender que o calor influencia para os dois e não há desculpas. Os dois vão fazer de tudo para vencer. Somos privilegiados de estarmos nesta competição. Filipe Luís
O que mais ele disse?
Chelsea como modelo. "Assistimos eles durante a temporada, é uma referência e um modelo de jogo a ser copiado por nós treinadores. É um time taticamente com um modelo perfeito, com muitas soluções para todo tipo de pressão e diria que todos os times sofrem com pressão individual alta e entrar em defesas fechadas. Qualquer clube da elite europeia tem mecanismos e soluções individuais para superar essas adversidades. Vamos disputar um jogo contra um time de elite e é um privilégio para nós. Acreditamos que vamos ter possibilidades."
Classificação e jogos
Voltas de Alex Sandro e De La Cruz. "O Alex Sandro veio com dores da seleção, não se recuperou para o primeiro jogo, mas não preocupa para amanhã a princípio. Dependo do aval dos médicos e do jogador, mas ele está disponível neste momento. No outro jogo, ele ficou de fora no dia. O De La Cruz voltou a treinar com o grupo, mas está sem jogar há bastante tempo. Provavelmente, não estará disponível para jogar muitos minutos amanhã."
Estilo de jogo mantido. "Abrir mão da convicção jamais. Tenho uma ideia clara do que penso do jogo, da forma que eu acredito que escolhemos o caminho para a vitória. O adversário, que dependendo da qualidade ofensiva ou defensiva, vai nos causar dificuldades e nos vai colocar em algum terreno onde estamos preparados para jogar porque treinamos todas as fases do jogo. Jamais mudaria meu estilo de jogo por causa de um adversário, seria completamente errado para os jogadores."
Vai mexer no time? "Pode ser que sim ou que não. Vamos ver amanhã. Uma hora e meia antes do jogo, vocês ficarão sabendo. Eu preparo o time em função do que eu acredito que seja melhor para a equipe e para o que ela precisa. O que eu posso dizer é que todos estão à disposição e isso é gratificante."
Elenco inteiro disponível. "Maravilhoso ter todos os jogadores disponíveis, ter diversas opções para mudar a estrutura, para pensar em ideias diferentes, para poder mexer. Tem a parte negativa disso tudo que é ter mais de 20 jogadores e quando você tem isso, a maioria não consegue treinar, porque a regra do futebol diz que são 10 contra 10 na linha. Isso me dói no coração porque a única forma de respeitar a todos eles é treinar todos da mesma forma."
Europeus estão levando a sério? "Os europeus, como disse o Maresca, acabaram a temporada recentemente, alguns foram para as seleções, outros voltaram de férias curtas, e atuam em uma situação estranha que muitos nunca vivenciaram. Todo mundo que está aqui quer ganhar, mesmo que haja adversidades. Eles sabem que são um dos favoritos ao título."
Sem poupar. "Temos dois jogos difíceis pela frente. O Chelsea é um dos melhores times do mundo. Mesmo se ganharmos, pode ser que não nos classifiquemos ainda. Temos de ganhar, temos de pensar só nisso. Sabemos da qualidade do adversário, mas vamos ter chances. Eu não penso sobre "poupar" alguém em um dos três jogos. Tenho todo o elenco à disposição, então vou selecionar os melhores jogadores que eu achar para vencer."
Lembranças do jogo contra o Liverpool? "Não penso muito em sentimentos, sobre o passado, se joguei contra o Liverpool, etc... O que eu penso é no jogo de amanhã, na responsabilidade de defender o Flamengo, a sua torcida e fazer um bom trabalho. Esse é o meu único pensamento e trabalho para dar as melhores soluções aos jogadores. Sempre se aprende, mas é outro momento. O futebol, os jogadores, o torcedor... Tudo já mudou. Temos só três jogadores que estavam naquele jogo. É um jogo novo e uma experiência nova."
Memórias do Chelsea. "Tenho memórias incríveis do Chelsea, do meu tempo em Londres. Tive a oportunidade de ganhar a Premier League com eles, assim como a Copa da Liga. Fui muito feliz lá. Eu não joguei o quanto esperava, não joguei o tanto que queria jogar, especialmente porque o Azpilicueta fez uma temporada incrível, não me deixou jogar. Foi uma experiência muito legal, tenho muitos amigos no clube e na cidade. Será especial."
Experiência ajuda? "A experiência sempre ajuda porque esses times da elite têm jogadores determinantes no um contra um, os pontas, os meias são importantes que não perdem a bola. É saber que é um jogo de sacrifícios, que nem sempre vamos ter a bola e quando não tivermos ela vamos precisar correr assim como fazemos em todos os jogos. Desde que eu era companheiro de time deles, o que eu mais vejo é o sacrifício deles em campo, são verdadeiros irmãos."
Momento especial. "Todos vivem um momento especial, é a primeira edição deste formato e vemos o quanto está sendo incrível a nível mundial, o quanto gera de expectativa, de amor pelos clubes no mundo afora. Isso está me formando mais e mais como treinador, estou vivendo experiências novas, modelos diferentes, sistemas, estruturas, jogadores e treinadores diferentes para os quais busco ideias e soluções diferentes."
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