Abel diz que ignorou auxiliares por substituições e 'corneta' Flaco López

O técnico Abel Ferreira contou que "ignorou" seus auxiliares ao mexer no Palmeiras na volta do intervalo. Curiosamente, Flaco López e Maurício participaram dos tentos contra o Al Ahly, hoje, pela Copa do Mundo de Clubes.

É verdade que eu não gosto muito de fazer [substituição no intervalo], a não ser que o jogador esteja mesmo muito mal. [...] O que eu fiz foi trocar os nossos dois jogadores mais próximos da frente [Vitor Roque e Raphael Veiga]. Esta foi a minha decisão. Não costumo fazer muito, mas às vezes faço. Mas os meus auxiliares não queriam que eu fizesse. Abel Ferreira

A dinâmica [com os auxiliares] é sempre igual. Chego, ouço a opinião de cada um, às vezes faço perguntas, mas no final quem tem que decidir sou eu. Já aconteceu de eu ir pela opinião deles, já aconteceu de eu não ir, mas isso tem muito mais a ver com o teu feeling e com aquilo que nós tínhamos pensado para o jogo.

O português também falou sobre Flaco López — autor do segundo gol alviverde — e deu um "puxão de orelha no camisa 42.

Fomos buscar o Flaco pelas características que tem, é forte no jogo aéreo, alto, rápido, canhoto, mas há coisas que ele tem que melhorar e, sobretudo, o que tem que melhorar é uma coisa que só o tempo lhe vai dar, que é a maturidade. Ele é um rapaz espetacular, mas ele é distraído. Nós acreditamos nele e é um jogador que nos pode ajudar porque ele é completo. Agora, uma coisa que ele precisa, que é tempo. Sabe quando corrige um filho, e pensa, 'ele amanhã já vai fazer o que lhe estou a dizer'. Não faz. Vai fazer. no tempo dele. É preciso ter paciência, porque senão nós mandamos jogadores embora, não lhes damos tempo.

O que mais Abel falou

'Jogamos melhor contra o Porto': "A minha opinião é que nós jogamos muito melhor contra o Porto, fomos mais dinâmicos, mais pressionantes. Não criamos tantas oportunidades, mas criamos oportunidades não tantas, mas em termos de jogo fluido e jogado, na minha opinião, foi melhor".

Calor e estratégia do jogo: "É verdade que nós baixamos a nossa pressão, e eu tinha dito que íamos ter em conta também o lado estratégico do clima. Eu não sei se vocês conseguiram ler a linguagem corporal dos jogadores, mas era notório que cada sprint que dava, para recuperar ia demorar o dobro. Portanto, sim, isso entrou no nosso plano estratégico de jogo".

Paradas no 2º tempo: "Para te ser muito sincero, se estivesse perdendo não ia gostar, porque [a pausa] favorece quem está a ganhar. Mas nessa parte procurei acima de tudo refocar os jogadores"

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Vaga nas oitavas?: O grupo é equilibrado e ele vai ser decidido no último jogo. Nós temos um objetivo que é passar, o primeiro objetivo que é passar à fase seguinte. Vamos continuar a pedalar, como eu te disse, na última conferência e preparar o próximo jogo".

Veiga ou Maurício: "Sorte a minha que tem os dois. [...] Portanto, sorte a minha que tenho os dois. Posso iniciar com qualquer um, quando eu quiser, de olhos fechados. E quando tiver que trocar, sei que o que entrar vai fazer a mesma coisa. Por isso te digo, fico muito feliz para, nessa posição, ter estes dois jogadores".

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