Quem assume a presidência do Corinthians após afastamento de Augusto?

O Conselho Deliberativo do Corinthians formou maioria simples e aprovou o impeachment do presidente Augusto Melo. Com o mandatário agora afastado, o primeiro vice-presidente do clube, Osmar Stabile, assume o cargo.

Quem é ele?

É conselheiro vitalício do Corinthians desde 2006. Ele atua como empresário e presidente da Bendsteel, companhia de estamparia de metais.

Tem nome forte na política do Corinthians. Stabile foi candidato a presidente duas vezes (2007 e 2009 — derrotado por Andrés Sanchez em ambas) e eleito vice-presidente da chapa Renovação & Transparência, que teve Mário Gobbi eleito em 2012.

Já produziu vídeo exaltando o golpe militar de 1964. A produção viralizou em 2019. Na ocasião, ele, que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro nas últimas eleições, se manifestou em nota enviada ao jornal Metrópoles e afirmou ser "um patriota e entusiasta do contragolpe preventivo (pois é assim que boa parte que os historiadores sem ideologias pré-concebidas enxergam '1964')".

Elo importante para Augusto

Stabile foi um nome importante durante a campanha de Augusto Melo nas últimas eleições. Opositor à "Renovação & Transparência", então chapa da situação, ele atuou para interligar os interesses de Augusto com o restante da oposição.

O empresário tem o desejo de ser presidente efetivo do Corinthians um dia. Apesar disto, nunca conseguiu ter força política para isso, atuando mais como uma peça importante nos bastidores.

Próximos passos

Com o impeachment aprovado por maioria simples, o Conselho Deliberativo agora tem cinco dias para convocar uma assembleia geral de associados para votar o impeachment em última instância.

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Neste meio tempo, Augusto permanecerá afastado de forma preventiva até a nova votação — Stabile será o presidente em exercício. Não há um prazo definido para que a votação dos sócios do clube aconteça.

A decisão dos sócios é definitiva, e o pleito funciona no mesmo sistema de maioria simples. Caso os associados votem a favor do impeachment, fica a critério do presidente do Conselho estabelecer uma data para eleição indireta, na qual apenas os conselheiros vitalícios e trienais podem votar para definir o novo presidente.

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