'Nova CBF' abraça projeto Ancelotti e tenta amenizar mudança de chefe
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Imagina você negociar ao longo de três anos com um chefe e, depois de ser contratado, uma decisão judicial faz com que seu superior passe a ser outro sujeito?
Pois é isso que Carlo Ancelotti vive na CBF, desde que Ednaldo Rodrigues foi deposto do comando da entidade.
Mas quem preenche as cadeiras mais poderosas da CBF já tratou de contornar a situação.
Hoje, Samir Xaud será eleito presidente da entidade, após o período aproximado de 10 dias com Fernando Sarney de interventor.
À noite, Ancelotti desembarca no Rio e será apresentado amanhã.
Os movimentos desde que Ednaldo perdeu o lugar no gabinete da presidência tem sido de acalmar os ânimos e deixar o italiano confortável.
Não foi interesse de ninguém na CBF romper o acordo — por mais que se admita que o investimento é alto: na casa dos R$ 5 milhões mensais com o treinador.
Mas os que a nova gestão da CBF fez foi reforçar que os termos não seriam alterados e sinalizar autonomia para o trabalho do técnico.
O discurso de Samir é interferir o mínimo possível na condução da seleção dentro de campo. Indicou que não será presença frequente no vestiário e nem viajará diretamente com a delegação.
O italiano tem um ano até a Copa do Mundo. Quando Ednaldo foi deposto do cargo, Ancelotti tivera horas antes uma reunião com Rodrigo Caetano, coordenador de seleções, e Juan, coordenador técnico, em Madri. Isso ajudou a manter a discussão do futebol no rumo.
Depois, advogados e também Fernando Sarney conversaram com Ancelotti em nome da CBF. Até a mulher do treinador participou, recebendo o sinal de que a experiência no Rio será boa para a família.
Na semana passada, a CBF finalizou os contratos de toda comissão técnica — formalidade que estava pendente, apesar do anúncio feito por Ednaldo Rodrigues, dias antes de ser deposto.
Nessa dinâmica entre Ancelotti e CBF, não há mais tempo a perder. O Brasil já começa a treinar na semana que vem, em São Paulo, para os jogos contra Equador e Paraguai, nos dias 5 e 10 de junho, respectivamente.
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