Dois meses após a troca de clube e país, Neymar teria se arrependido de ter deixado o Barcelona para assinar um contrato histórico com o Paris Saint-Germain, em 2017. Segundo o empresário André Cury, o atacante teria feito a revelação durante um encontro num cassino.
O episódio 5 do podcast "Neymar", "O Príncipe que Não Quis Ser Rei", traz bastidores da história de como Neymar decidiu jogar no PSG —e do arrependimento que se seguiu.
O que aconteceu
Infelizmente o Neymar foi embora. Quando passou dois meses, ele voltou e nos encontrou em um cassino em Barcelona. Chorou, disse que era muito novo, que tinha errado. André Cury
Neymar foi para o PSG em agosto de 2017, por 222 milhões de euros. A transferência foi a maior da história do futebol à época. André Cury conta que, apesar do clima de festa, dois meses depois, o craque estaria arrependido da escolha feita.
Cury tentou demover Neymar da ideia de uma transferência para a França. O empresário é um dos maiores agentes de jogadores no Brasil, e nessa época tinha laços próximos com o Barcelona. Ele ajudava o clube na relação com jogadores no Brasil, e foi um dos responsáveis por tentar impedir a ida de Neymar ao PSG.
Ó, você vai fazer uma besteira, porque... você vai sentir saudade, em dois meses você vai tentar voltar, não vai dar pra voltar. Porque isso é que nem pegar um voo na classe econômica, quando está no meio do oceano tem um cachorro latindo, bebê chorando, a poltrona não reclina, e aí você vai lá na aeromoça: 'eu sou o Neymar, quero mudar de classe'. Aí a mulher fala: 'não, mas durante o voo não dá pra mudar. André Cury, sobre como tentou convencer Neymar a ficar no Barça
Trato com Daniel Alves levou Neymar a Paris. Cury revelou que, em 2017, voltando do casamento de Lionel Messi, em 2017, ele dividiu um voo com o lateral, que lhe fez uma confissão: também tinha uma proposta do PSG e, se o atacante topasse, iria para lá para que fizessem parceria.
Neymar, que se sentia isolado no Barcelona, topou e apertou a mão do amigo. Alves assinou um contrato com os franceses em julho de 2017.
20 milhões de euros impediram o retorno
A ligação do nome de Neymar ao Barcelona permaneceu nos anos seguintes. O clube culé em 2019 ficou próximo de costurar o retorno ao Camp Nou, segundo Cury.
A gente quase trouxe ele de volta. Em julho de 2019 nós fizemos um acordo, compraríamos ele. Daríamos em troca o Rakitic, o Todibo e o Dembelé emprestado, mais 150 milhões de euros. Tava tudo acertado.
PSG fez jogo duro e não liberou o camisa 10. A condução da negociação teve outro brasileiro presente nas conversas: Leonardo.
O Leonardo era o diretor do Paris, estava na mesa com a gente discutindo e pediu um dia. Ele queria 170 milhões de euros e os jogadores, e nós oferecemos 150. Ele voltou e falou: 'nós não vamos vender porque faltou os 20'. O Neymar se propôs a botar os 20 milhões do bolso dele, mas aí o pessoal não deixou ele voltar. André Cury
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.