Corinthians respira, mas leva enquadro a 2.000 km de casa antes de clássico

Dessa vez não teve 'poropopó'. Ao contrário da comemoração que fez parte de toda a temporada passada, os torcedores que viajaram quase 2.000 quilômetros para ver a vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre o Racing-URU, em Montevidéu, gritaram palavras de ordem para o elenco.

Elenco vive nova fase com Fiel

Após um período de "casamento" entre a Fiel e o atual elenco, a pressão por resultados cresceu. O desempenho do Timão na pré-Libertadores — eliminado em casa pelo Barcelona-EQU — marcou os primeiros sinais claros de tensão com a torcida.

No entanto, nas últimas partidas, os protestos ganharam coro nas arquibancadas, inclusive com vaias depois do empate com o América de Cali, na Neo Química Arena, na semana passada, pela Sula.

Por fim, a derrota por 2 a 1 para o Mirassol, pela 8ª rodada do Brasileirão, foi o estopim. O público que compareceu em peso no estádio Maião, no interior paulista, não poupou o time das críticas.

No Uruguai, os poucos torcedores que viajaram cerca de 30 horas para assistir à Sul-Americana fizeram protestos antes e depois do jogo. As frases "ai que saudade quando o Corinthians jogava com vontade" e "vamos jogar bola, ôoo" puderam ser ouvidas durante o aquecimento dos atletas.

Ao longo dos 90 minutos, houve apoio, apesar da má atuação no 1º tempo, e muita comemoração no gol da vitória, marcado pelo lateral esquerdo Matheus Bidu, aos 28 minutos do 2º tempo. O resultado manteve o time com melhor chance de classificação na Sul-Americana.

Após a partida, as organizadas aplaudiram, mas engataram nova cobrança: "É guerra. Domingo é guerra!". A menção é ao clássico contra o Santos, no próximo domingo, na Neo Química, às 16h (de Brasília).

Charles fez um 'mea culpa' pelo desempenho, mas justificou que o fato de jogar longe de casa, sem o peso da torcida, também interferiu. Em 2025, os corintianos bateram recorde de público da Arena e alcançaram uma marca histórica — acima dos 40 mil pagantes — em mais de 30 jogos consecutivos.

Além de jogar, a gente tinha que vencer, e uma vitória que deixa a gente em segundo [no grupo], com chances de classificar ainda. Sabemos que não foi nossa melhor partida, longe disso, mas o importante hoje era a vitória. Foi um jogo chato, truncado, com um clima ruim, sem torcida. Charles, volante do Corinthians, após vitória por 1 a 0 sobre o Racing

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