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Gilmar Mendes, ministro do STF, negou a existência de um conflito de interesse entre o IDP (Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa) e a CBF.
Em participação no programa "Poder e Mercado", do UOL, o magistrado, que chegou a negar recentemente pedidos para Ednaldo Rodrigues ser afastado da entidade, detalhou a parceria e rebateu o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que havia solicitado investigação diante do que considerou um "gravíssimo conflito de interesses".
O que Gilmar falou?
Não vou responder a crítica nenhuma do [Eduardo] Girão, todos o conhecem, inclusive no Ceará. Eu sou sócio do IDP e, em dado momento histórico, o IDP aceitou uma proposta da CBF para realizar os custos que a CBF Academy [instituição de ensino da entidade] fazia. Foi somente um contrato de direito privado dirigido pela direção do IDP. Não há conflito de interesse em relação a esta questão. O IDP é uma instituição extremamente conceituada no Brasil e no exterior. Neste caso, [o IDP] estava organizando e cedendo seu bom prestígio à CBF, e não o contrário Gilmar Mendes, ao UOL
Ednaldo afastado da CBF
O ministro não abordou diretamente o afastamento de Ednaldo da CBF, ocorrido na tarde de hoje — tampouco se aprofundou no recurso pedido pelo dirigente já nesta noite.
Gilmar, por outro lado, explicou o motivo de ter transferido a matéria do STF ao Tribunal do Rio de Janeiro. A decisão da justiça carioca se baseou em uma possível assinatura falsa de Coronel Nunes, um dos vices da CBF, em um documento que reconduziu o então presidente ao poder.
Houve um acordo feito entre três remanescentes nessas ações que corriam no Rio de Janeiro desistindo e retirando qualquer pleito ou queixa. Isso veio para cá [STF] e foi homologado por mim, que era o relator de um processo que tem conexão com esta matéria. Aí surgiram imputações de que um dos signatários não estaria em condições de fazer a assinatura, que seria falsa — ou muito provavelmente falsa. Eu disse, então, que isto não era matéria da nossa competência e devolvi o tema ao tribunal do Rio de Janeiro Gilmar Mendes, ao UOL
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