Libertadores: Botafogo leva susto, mas vence com golaço no fim e segue vivo

O Botafogo segue vivo na Libertadores. No sufoco, o time alvinegro venceu o Estudiantes, da Argentina, por 3 a 2, na noite de hoje, no Nilton Santos, e vai definir a classificação às oitavas em casa, contra a Universidad de Chile, na última rodada da fase de grupos.

O alvinegro chegou a abrir 2 a 0, cedeu o empate, mas foi salvo com um belo gol de Artur, já na reta final do segundo tempo.

Antes dele, os gols botafoguenses foram de Rwan Cruz e Igor Jesus, um em cada tempo. Palacios chegou a empatar para o Estudiantes, incendiando o jogo. Só que essa linguagem do fogo é justamente a que o time brasileiro fala com fluência.

Com o resultado, o Glorioso foi a nove pontos, mesma pontuação do próprio Estudiantes. A Universidad de Chile tem 10, enquanto o Carabobo — já eliminado — tem apenas um.

Ou seja, são três times bem próximos brigando por duas vagas no mata-mata da Libertadores. Para se classificar às oitavas, o Botafogo precisa vencer.

O Botafogo é terceiro no momento por causa do saldo de gols, que é o segundo critério de desempate (brasileiros e argentinos têm três vitórias, o primeiro critério de desempate).

O último jogo do Botafogo pela fase de grupos da Libertadores é no dia 27, contra a Universidad de Chile, também no Nilton Santos, às 21h30. Simultaneamente, o Estudiantes recebe o Carabobo na Argentina.

No Brasileirão, o que o Botafogo tem pela frente é o clássico com o Flamengo, domingo, às 18h30, no Maracanã.

Mosaico e incentivo

Neste jogo, Marlon Freitas se tornou o jogador com maior número de partidas pelo Botafogo na Libertadores: chegou a 17, superando o goleiro Gatito Fernández.

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A torcida do Botafogo, como em oportunidades anteriores, caprichou no mosaico e recebeu o time com a imagem de uma caveira. Os minutos iniciais foram de incentivo ao time, que precisava do resultado, e as tramas mais perigosas saíram pelo lado direito.

Chances perdidas e tensão

O Botafogo conseguiu ter mais a posse de bola e presença no campo de ataque frente a um Estudiantes que adotou uma estratégia de reforçar a marcação e sair em velocidade.

Parte do controle do Botafogo na frente passou pela liberdade dada a Artur. Rápido e habilidoso, ele não ficou restrito ao lado direito e isso deu uma dinâmica interessante para o Botafogo escapar e criar.

A ideia de Renato Paiva foi dar muita presença de área, com Igor Jesus e Rwan Cruz mais centralizados. O fruto disso viria ainda no primeiro tempo.

Antes, durante quase toda a etapa final, algumas chances criadas. A mais clara foi uma cabeçada de Cuiabano, cada vez mais dedicado a ser ponta pela esquerda.

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Com o passar do tempo, a arquibancada cantava, mas não escondia a tensão com o resultado. Os argentinos, nas poucas vezes que rondam o gol de John, assustaram.

Caminho aberto

A insistência deu resultado. Na reta final do primeiro tempo, Jair levantou para a área, Artur dominou na segunda trave e bateu cruzado. Rwan Cruz apareceu nas costas da zaga para empurrar para o gol.

O camisa 9 já tinha balançado as redes contra o Capital, pela Copa do Brasil, e voltou a marcar. Um sinal de que está avançando na adaptação ao time e ao futebol sul-americano, após a passagem pela Bulgária.

Segundo tempo animado

A postura dominante continuou no Botafogo logo nos primeiros minutos. Tão logo colocou uma bola no travessão, Igor Jesus apareceu na área para fazer, de cabeça, o segundo gol alvinegro.

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O detalhe da jogada foi a saída estabanada do goleiro Mansilla, logo aos seis minutos da etapa final. 2 a 0. Jogo tranquilo?

A empolgação da torcida, no entanto, teve um freio. A bola bateu na mão de Gregore dentro da área. Pareceu involuntário, em uma disputa de posicionamento com um jogador do time argentino. Mas a arbitragem não perdoou. O VAR não se meteu.

Na cobrança, Palacios diminuiu o placar para o Estudiantes, ainda aos 16 minutos da etapa final. E olha que os visitantes tinham acabado de fazer três substituições de uma vez.

O jogo ficou vivo. Para o Botafogo, não era tão interessante. O Estudiantes até mudou a formação e a postura. Veio mais para o ataque, com mais gente na área. Por isso, conseguiu empatar com Palacios, novamente, aos 32 minutos de jogo.

Parecia um roteiro trágico para o Botafogo.

Até que Artur apareceu e fez o lance mais bonito da noite. Aproveitou lançamento, deixou o zagueiro na saudade e salvou a noite. Vitória importantíssima para o Botafogo por 3 a 2.

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Lances importantes

Perdeu. Aos 20 minutos do 1º tempo, Artur recebeu em velocidade e cruzou para a área. Cuiabano chegou de frente para o gol, mas cabeceia por cima.

Por cima. Aos 11 minutos do 1º tempo, Meza chegou bem pela direita e chutou, mas mandou por cima do travessão de John.

1x0. Aos 42 minutos do 1º tempo, Jair levantou para a área, Artur dominou e bateu cruzado. Rwan apareceu nas costas da zaga para balançar a rede.

Quase. Aos 2 minutos do 2º tempo, Igor Jesus avançou pela esquerda e acionou Cuiabano. O lateral se livrou da marcação e finalizou. A bola desviou na marcação e Mansilla espalmou pela linha de fundo.

2x0. Aos 6 minutos do 2º tempo, Alex Telles cobrou escanteio da esquerda, Mansilla saiu mal e Igor Jesus ampliou para o Botafogo.

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2x1. Aos 16 minutos do 2º tempo, Palacios, de pênalti, diminuiu.

2x2. Aos 32 minutos do 2º tempo, Arzamendia começou jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para a área. A zaga do Botafogo não conseguiu afastar e Palacios empatou.

3x2. Aos 39 minutos do 2º tempo, Marlon Freitas lançou para Artur. O atacante dominou com uma caneta no zagueiro, ajeitou e bateu para fazer o terceiro.

Ficha técnica

Botafogo 3 x 2 Estudiantes

Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Data/Hora: 14/5/2024, às 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Juan Benítez (PAR)
Assistentes: Eduardo Cardozo e Julio Aranda (PAR)
Cartões amarelos: Ascacíbar, Arzamendia (EST)
Gols: Rwan Cruz, 42'/1ºT (1-0); Igor Jesus, 6'/2ºT (2-0); Palacios, 16'/2ºT (2-1) e 33'/2ºT (2-2); Artur, 39'/2ºT (3-2)

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Botafogo: John, Vitinho (Mateo Ponte), Jair, David Ricardo e Alex Telles (Jeffinho); Gregore, Marlon Freitas (Allan), Cuiabano e Artur (Danilo Barbosa); Rwan Cruz (Nathan Fernandes) e Igor Jesus. Técnico: Renato Paiva

Estudiantes: Mansilla, Santiago Núñez, Boselli (Cetré) e Facundo Rodríguez; Meza, Gabriel Neves (Piovi), Ascacíbar José Sosa (Farías) e Arzamendia; Palacios e Alario (Jiménez). Técnico: Eduardo Domínguez.

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