Ancelotti e Endrick: estafe vê espaço na seleção e cenário oposto ao Real

A chegada de Carlo Ancelotti na seleção brasileira não preocupa Endrick e o seu estafe, mesmo após as críticas públicas do treinador no mês passado — quando o jovem tentou dar uma cavadinha e desperdiçou uma chance clara de gol do Real Madrid —, e os poucos minutos em campo na temporada 2024/25.

O que aconteceu

O UOL apurou que o entorno de Endrick considera o italiano um nome incontestável na seleção brasileira e entende que o trabalho deles no Real Madrid pode ajudar o jovem de 18 anos a retornar aos convocados — o atacante ficou de fora da seleção para os jogos das Eliminatórias em março, contra Colômbia e Argentina.

As críticas públicas também não foram vistas como negativas. Endrick encarou as palavras do treinador como construtivas e não como um aviso de que ele deixaria de receber oportunidades. Em conversas com o atacante, Ancelotti sempre elogiou o empenho dele nos treinos e quando recebia oportunidades em campo.

[Endrick] Teve duas oportunidades. Creio que, na primeira, não poderia ter feito melhor. Na segunda, pode ser que estava impedido, pode ser... Mas ele não pode fazer essas coisas. Ele é jovem, tem que aprender, tem que chutar o mais forte possível. Não fazer coisas de teatro. Clubes de teatro no futebol não existem. Carlo Ancelotti, no dia 24 de abril, após vitória do Real Madrid por 1 a 0 contra o Getafe.

Endrick encarou esse cenário no Palmeiras e também deu a volta por cima. Abel Ferreira também ficou irritado com o jogador e fez críticas em coletivas de imprensa, mas ele foi o protagonista do Palmeiras na arrancada para o título do Brasileirão de 2023.

O cenário é visto como totalmente oposto ao do Real Madrid. O clube merengue tem concorrência pesada no ataque com Mbappé, Rodrygo e Vinicius Jr. Além disso, Arda Güler e Brahim Díaz tiveram um desempenho melhor e também ganharam mais chances como suplentes.

A posição de 9 na seleção hoje é uma incógnita e vários já foram testados: João Pedro (Brighton), Matheus Cunha (Wolves), Igor Jesus (Botafogo), Pedro (Flamengo) e Evanílson (na época Porto e hoje no Bournemouth).

Em sua primeira temporada no Real Madrid, Endrick disputou 35 partidas e marcou 7 gols, mas recebeu poucos minutos. Foram apenas 713 minutos em campo pelo clube merengue, isso significa 7,92 jogos (um número muito baixo).

Com contrato até o fim da Copa, Ancelotti começa sua missão já na próxima semana. Ele se reunirá com Rodrigo Caetano, coordenador geral das seleções, e Juan, coordenador técnico, para definir a lista larga de convocados para os confrontos contra Equador e Paraguai, no próximo mês, nas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Continua após a publicidade