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Vice da CBF pede intervenção e vê Ancelotti usado para emparedar Justiça

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF Imagem: Staff Images/ CBF

Do UOL no Rio de Janeiro e em Assunção

12/05/2025 19h59

O vice-presidente da CBF Fernando Sarney entrou com ação na Justiça do Rio pedindo o afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues e intervenção na entidade. Seu requerimento é para ser nomeado interventor, isto é, novo comandante da confederação.

É o segundo pedido de afastamento feito por Sarney - antigo aliado e agora desafeto de Ednaldo - à Justiça. Antes, foi no STF.

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Agora é o Tribunal de Justiça do Rio que está encarregado de julgar o acordo que mantém o presidente da CBF no poder.

Em sua petição, o vice-presidente da confederação alega que a atual diretoria da CBF usou a contratação do técnico Carlo Ancelotti para emparedar a Justiça. Baseia-se em notícias de veículos de imprensa.

"E agora, ao que parece, como uma tentativa de "emparedar" a atuação jurisdicional sobre a irregularidade de sua manutenção na direção da CBF, às pressas, por ordem de Ednaldo Rodrigues a CBF anunciou a contratação milionária do técnico Carlo Ancelotti:

Tudo indica que isso ocorre por conta da audiência de inspeção marcada para às 14 horas de hoje. Aparentemente mais do mesmo modus operandi que sempre é utilizado quando está sendo discutido o afastamento de Ednaldo Rodrigues", diz a petição do dirigente.

Nos bastidores, a diretoria da CBF diz que o contrato de Ancelotti estava assinado desde a semana passada após liberação do Real Madrid. O anúncio ocorreu depois de Barcelona e Real Madrid.

A controvérsia na CBF gira em torno de um acordo para pacificar a briga jurídica pelo poder na entidade, assinado em 2025. Entre outros, esse acordo tem a assinatura do ex-presidente da entidade Coronel Antonio Carlos Lima que agora é questionada por conta de problemas de saúde dele.

Os opositores de Ednaldo apontam que há um laudo médico e outros documentos como procuração de plenos poderes que mostram que o coronel não tem déficit cognitivo.

A CBF alega que o Coronel Nunes assinou normalmente o acordo acompanhado de sua filha advogada. E entende não haver irregularidade.

O STF decidiu que quem deveria decidir a questão é o Tribunal de Justiça do Rio, mais precisamente a 9a Câmara Cível. É a mesma instância que tinha determinado o afastamento de Ednaldo no final de 2023. Depois, isso foi revertido no STF.

Como primeira medida, o desembargador Gabriel Zéfiro determinou que o coronel Nunes fosse ouvido nesta segunda-feira. Mas a CBF apresentou uma petição explicando que a família do dirigente informara que ele "não está bem". E que teria de se internar em um hospital. Assim, não poderia depor.

A CBF alega que o Coronel Nunes assinou normalmente o acordo acompanhado de sua filha advogada. E entende não haver regularidade.

Mas Fernando Sarney entrou com um pedido de liminar para alegar que o acordo já está sob suspeição pela ausência do coronel em audiência. Assim, diz que Ednaldo tem que ser afastado e ele ser nomeado interventor por ser o vice mais velho e longevo.

Ainda argumenta que não sofreria sanção da Fifa "porque se trata de dirigente que comprovadamente exerceu, enquanto dirigente eleito da CBF, os mais altos cargos executivos na FIFA e CONMEBOL".

Ainda não houve resposta da Justiça ao pedido de Sarney.

Advogados da CBF trabalham em estratégias de defesa tanto no Rio quando eventualmente em tribunais superiores em Brasília.

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