Conselho rechaça reabertura de contas e mira votação para destituir Augusto

Em coletiva de imprensa na tarde de hoje, porta-vozes do Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians rechaçaram a ideia de reabrir as contas da gestão de Duílio Monteiro Alves e projetaram um horizonte para votar o impeachment do presidente Augusto Melo.

O que aconteceu

Romeu Tuma Jr, presidente do CD, explicou que a reabertura das contas de 2023 traria grande insegurança fiscal ao clube. O departamento financeiro do Timão entrou com o pedido de reabertura no dia 27 de abril, alegando ter "herdado" uma dívida de R$ 191 oriunda em 2023.

Quem prestou as contas da gestão que saiu em 23 foi a gestão em 24. Era o diretor da gestão atual, funcionários do financeiro da gestão atual. Difícil responsabilizar quem saiu, porque quem prestou as contas não foi quem saiu. Se abrir as contas passadas, vai fazer o quê? Pode desencadear uma situação grave para a instituição Corinthians.
Romeu Tuma Jr., presidente do CD, em coletiva

Na bancada, Tuma contou com outros três representantes do Conselho para explicar detalhes dos pedidos de impeachment e da reprovação das contas. Estiveram presentes os advogados Leonardo Pantaleão (presidente da Comissão de Justiça), Miguel Marque e Silva (presidente do Conselho de Orientação) e Pedro Luis Soares (secretário do Cori).

Além disso, Romeu também determinou o fim de maio e início de junho como data limite para retomar a votação de impeachment contra Augusto Melo. A reunião foi suspensa no dia 20 de janeiro, após o Conselho considerar o processo que julga o Caso Vai de Bet danoso à imagem do Corinthians.

Por conta da iminência da conclusão do inquérito que investiga irregularidades no contrato de patrocínio, o Tuma optou por aguardar mais alguns dias até remarcar a reunião.

Vários me pediram para o inquérito acabar e outros para pedir o presidente depor na Polícia. O estatuto não convive com a Polícia ou a Justiça. Nosso estatuto prevê infração estatutária. Seria crime cumprir função pública, porque conselheiro não investiga crime. O tempo da Justiça é um, e o tempo do Corinthians é outro. Vários conselheiros queriam para dar sua convicção o que daria na Polícia, outros esperando ele se defender na Polícia.

Quando acabar o inquérito, eu marco a reunião para a gente terminar.
Romeu Tuma Jr.

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