Corinthians: Comissão de Justiça pede afastamento imediato de Augusto Melo

A Comissão de Justiça do Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians protocolou um novo pedido para a destituição do presidente Augusto Melo, com afastamento imediato do mandatário e de todos os membros da atual diretoria.

O que aconteceu

A solicitação tem como base as "gravíssimas constatações" apontadas por pareceres técnicos do Conselho Fiscal e do Conselho de Orientação e Fiscalização (Cori). O documento já foi encaminhado a Romeu Tuma, presidente do CD.

Leonardo Pantaleão, presidente da Comissão de Justiça, baseou o pedido de impeachment em três principais motivos. No entanto, o advogado criminalista só deu andamento à solicitação de afastamento imediato por ter encontrado embasamento em artigos de leis federais, como é o caso da Lei Pelé.

Motivos para afastamento imediato de Augusto

Reprovação das Contas da gestão, em 2024. A justificativa é tida como "objetiva" para a destituição, conforme o artigo 106 do estatuto do Corinthians.

Infração de normas estatutárias. Na solicitação, Pantaleão aponta que a atual gestão infringiu expressas normas do estatuto, por exemplo a não divulgação dos balancetes mensais das atividades; contratação irregular de empresas de segurança; ausência de revisão orçamentária; etc.

Prática de atos de "gestão irregular ou temerária". O documento elenca cinco pontos principais nesse aspecto.

  • Costumeiros atrasos na disponibilização dos balancetes mensais ao Cori.
  • Ausência de informações ao CORI sobre o desenvolvimento das atividades do clube.
  • Falta de esclarecimentos sobre o contrato com a empresa de consultoria Ernst & Young.
  • Não divulgação integral do contrato com o atleta Memphis Depay, impedindo análise de vantajosidade pelo Cori.
  • Gastos com cartões de crédito corporativos, na ordem de R$ 4,8 milhões, sem prestação de contas, apesar de pedidos de esclarecimentos.

Nesta quarta-feira, o Conselho Deliberativo concederá coletiva de imprensa para detalhar os motivos que levaram o pleito a reprovar o balanço fiscal do ano passado. O evento será no Parque São Jorge, às 11h (de Brasília).

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