Flamengo tenta apagar traumas na altitude para reagir na Libertadores

Jogo na Libertadores ativa alguns gatilhos. Hoje, eles dizem respeito ao Flamengo.

O que o torcedor vai se deparar no confronto com a LDU, em Quito, a 2.800m acima do nível do mar é com a necessidade de apagar certos traumas do passado e de recuperação em uma Libertadores que já teve uma derrota surpreendente para o modesto Central Córdoba, em pleno Maracanã.

Por mais que o Flamengo já tenha vencido a própria LDU em um passado recente, já na era rica e vencedora do clube (foi em 2021), os jogos na altitude costumam trazer desconforto, falta de ar e dor de cabeça. No sentido literal e figurado.

Esse jogo em 2021 (3 a 2 para o Flamengo) foi a única vitória do time em Quito pela Libertadores. Nas demais, quatro derrotas e um empate.

A experiência mais recente na capital equatoriana foi a derrota para o Aucas, por 2 a 1, de virada, em uma atuação no segundo tempo para ser esquecida.

Também em Quito, o Flamengo já levou 5 a 0 do Independiente Del Valle, em 2020.

Nem o equatoriano Gonzalo Plata passa tranquilidade. E olha que ele passou a base toda e virou profissional em um time da cidade, o próprio Del Valle.

"Vai ser um pouco diferente do que é com a seleção. Sabemos que o tema da altitude sempre nos custará um pouco, mas acho que a equipe agora está mentalizando que precisa conquistar os três pontos", disse ele, na chegada ao Equador.

Estratégia de ir um pouco mais cedo

Ano passado, o Flamengo passou pela altitude duas vezes. Mas foi em La Paz, na Bolívia, que fica a 3.640m acima do nível do mar. Perdeu as duas para o Bolívar — na fase de grupos e nas oitavas.

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O Flamengo sabe que não conseguirá neutralizar os efeitos da altitude. Mas neste ano tentou dar mais descanso aos jogadores.

A opção foi por viajar na antevéspera da partida e fazer um treino na cidade — a atividade de ontem foi no estádio Atahualpa, mas o jogo é no Rodrigo Paz Delgado (Casa Blanca).

Segundo o departamento médico, para que os jogadores pelo menos tenham alimentação, sono e repouso mais controlados, na comparação com a viagem no jogo de véspera.

"O tempo de adaptação é cerca de duas semanas, o que é incompatível com o calendário brasileiro", disse o médico do Flamengo, Fernando Sassaki.

O jeito é dosar o fôlego, correr certo e ser eficaz nas chances que aparecerem.

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