César Sampaio lamenta desatenção do Santos: 'Perdemos por erros nossos'

O auxiliar César Sampaio lamentou a desatenção do Santos na derrota por 2 a 1 para o São Paulo hoje, no Morumbi.

O que aconteceu

César Sampaio entende que o Santos perdeu por erros próprios. O interino não viu o São Paulo superior no contexto geral.

O Peixe melhorou no segundo tempo, mas não conseguiu pontuar. O placar de 2 a 1 da etapa inicial se manteve.

O resultado esfria a chance de efetivação do interino. O Santos procura por um substituto para Pedro Caixinha.

A derrota é mais nossa, não perdemos para um adversário que jogou melhor e nos envolveu. Perdemos por erros nossos César Sampaio, em entrevista coletiva

Veja as outras respostas de César Sampaio

Análise do jogo

"Tínhamos um plano. São jogos assim que requerem 100% de atenção desde o início, desde o que combinamos. Faltou um pouco mais de entrega, principalmente na primeira parte. Taticamente erramos situações que batemos, que eram estratégia nossa, trabalhamos em cima disso. Sabemos do peso do gol fora de casa, o segundo logo em seguida, dois lances evitáveis de posicionamento, de ocupar melhor espaço para neutralizar. Bola nos nossos pés no segundo gol, isso pesa bastante. A equipe teve força para se reerguer, ajustar. O gol no finzinho do primeiro tempo nos colocou no jogo. No segundo tempo, se houvesse justiça no futebol, era no mínimo empate por tudo que construímos. Fica o alerta, de estar desde o primeiro minuto 100% focado no que planejamos. O campeonato está muito igual, sair atrás em clássico fora de casa tem peso emocional. É um elemento a mais para superar. Mostramos para nós mesmos no segundo tempo que nosso máximo pode reverter situações que nós mesmos criamos".

Sistema defensivo e momento difícil

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"Estávamos espaçados, a segunda bola quase sempre perdida. Os gols se originaram de posicionamentos que havíamos treinado e não conseguimos reproduzir no jogo. O segundo a bola estava nos nossos pés, enfim. Estávamos espaçados, perdemos a segunda bola. Insatisfação, sim, é um alerta, temos que pontuar todo jogo, tentar ganhar em casa. A equipe terminou bem, demorou a reagir, com cada um fazendo seu melhor. Vamos trabalhar em cima disso. Precisamos desse nível de concentração desde o início".

Substituições

"Com o Guilherme, próximo ao fim do jogo, tivemos oportunidade numa transição com ele. Perdeu a finalização. Esperei pelas trocas pois a equipe vinha produzindo, criando. Os jogadores em campo superavam o posicionamento defensivo do São Paulo. Foi passando o tempo, desgaste, corremos para desestruturar a plataforma defensiva do São Paulo. A reposição foi à altura. Fico feliz pelo que produzimos no segundo tempo e triste pelo espaço de tempo de desatenção no primeiro tempo".

Retrospecto ruim em clássicos

"Perdemos para o Fluminense no final, na penúltima ação do jogo. Contra o Bahia também, cedemos empate, enfim. São momentos de desatenção e os adversários nos superam. Não vi os gráficos ainda, mas no segundo tempo empurramos o São Paulo para trás, tivemos mais próximos do empate. Que sirva de lição, de referência para que isso não aconteça mais. Que possamos errar de outra forma, não por falta de concentração e de não replicar o que treinamos".

Semana conturbada

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"Desde que cheguei ao Santos, trabalhamos nesse momento de reconstrução. Eu tinha algumas atribuições, interinamente assumo esse posto e farei meu melhor. Se eu tiver que voltar ao que fazia antes, ficarei tão feliz como antes. É um prazer, uma retribuição por tudo que o Santos significa para mim. Valores e princípios que aprendi no Santos e servem para a vida. Sou muito grato, independentemente do cargo, do setor e da nomenclatura. A derrota é mais nossa, não perdemos para um adversário que jogou melhor e nos envolveu. Perdemos por erros nossos".

Meio-campo

"Hoje fomos dispersos. Essa pausa de atenção nos causou dano que não conseguimos reverter. Mas os mesmos jogadores mostraram para eles mesmos que o melhor deles é capaz de superar adversidades. Confio em todos. O ser humano não é um robô, que é programado e sai executando. Essa falta de controle do jogo faz com que o inesperado nos traga momentos de distração, de dúvida. Que possamos errar de outra forma, hoje pecamos por erros nossos".

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