Ataque do Flamengo oscila em meio a pressão sobre BH e volta de Pedro

Dá para criticar o melhor ataque do Brasileirão, que já anotou 11 gols em cinco jogos e ainda tem o artilheiro do campeonato? No caso do Flamengo, o ponto questionado não é o número total. Mas a recorrência.

O que aconteceu

O empate por 0 a 0 com o Vasco trouxe a discussão à tona novamente, quando parecia que a trégua viria por causa dos 6 a 0 no Juventude rodada passada.

Não é uma questão de criatividade, já que as chances têm aparecido. Mas o time não afasta a preocupação do torcedor em relação à efetividade.

Na rodada, o cenário pode custar a liderança, dependendo do que acontecer nos jogos de Palmeiras e Fluminense neste domingo.

Tudo isso em um momento em que Bruno Henrique está questionado por causa do indiciamento diante da suspeita de manipulação e Pedro ainda está recuperando a melhor forma, apesar dos dois gols já feitos contra o Juventude.

A amostragem em relação a Bruno Henrique, a partir da revelação das conversas encontradas pela Polícia Federal, não tem sequer um jogo inteiro.

Ele teve 10 minutos contra o Juventude e foi um dos titulares substituídos, aos 15 minutos do segundo tempo diante do Vasco.

Por mais que Filipe Luís o tenha elogiado, o fato é que ele praticamente não teve chances claras para marcar.

Bruno fez tudo que pedi, posicionado onde pedi e atacando espaço. Geramos mais jogo pelo lado direito do Vasco, ele preencheu área e a bola não chegou. Estava onde pedi, fez os movimentos pedidos. Fez tudo que o treinador pede, então, independentemente do gol ou do resultado, não importa. Gostei do jogo do Bruno
Filipe Luis, técnico do Flamengo

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Filipe Luís prevê Pedro "entregando muito" ao Flamengo

O centroavante entrou no segundo tempo da terceira partida desde o retorno (considerando a derrota para o Central Córdoba). No clássico, forçou Léo Jardim a fazer um milagre após cabeçada.

Pedro mostra a qualidade que tem e a perspectiva de enfileirar gols nos próximos jogos. Mas o momento é de readaptação do time ao jeito dele jogar e também da forma física do centroavante. Na ausência do camisa 9, quem vinha atuando pelo setor era Bruno Henrique.

Minha função é adaptar esse estilo dele, fazer outros mecanismos para ele não precisar fazer os mesmos movimentos. Que os outros façam para dar mais tempo e ele fazer o que faz de melhor. Com mais tempo e ritmo, o time jogará para ele. Está somando minutos, se adaptando ao modelo. Quando forem passando os minutos, vai entregar muito
Filipe Luis, técnico do Flamengo

Enquanto isso não acontece, o fato é que — no Brasileirão — o Flamengo empatou dois dos três jogos que fez no Maracanã. Foram cinco rodadas em disputa. As vitórias fora de casa é que compensaram, deixando o time no topo.

O Flamengo está invicto, mas não dá para negar que os pontos deixados pelo caminho são motivos plausíveis de lamentação até o momento.

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