Aposta travada em cartão de Bruno Henrique assustou grupo: 'Já caiu?'

A alegria momentânea dos que apostaram no cartão de Bruno Henrique, no Flamengo e Santos, virou preocupação quando eles perceberam que o dinheiro de uma das apostas não cairia tão simples.

A Betano identificou o movimento suspeito, disparou o alerta e travou os pagamentos. Ao todo, seis das 14 apostas suspeitas no cartão amarelo de Bruno Henrique foram feitas na Betano.

Depois de consultada sobre a situação por quem usada a conta de Ludymila Araújo, cunhada de Bruno Henrique, a plataforma respondeu:

"Informamos que a aposta encontra-se em aberto devido a uma investigação por parte do departamento de traders. Após a conclusão desta investigação, iremos lhe informar por e-mail sobre a situação da sua aposta".

A situação gerou aflição entre os apostadores ainda na noite do jogo, segundo as investigações da Polícia Federal.

Em uma das mensagens encontradas na investigação, Wander Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique, conversa com Claudinei Vitor Mosquete Bassan.

"Da Betano já caiu aí?"

"Nada viado", respondeu Claudinei.

Pela conversa deles, o lucro de apostas em outras plataformas já tinha caído na conta (Galera Bet e Blaze). Mas nada da Betano.

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Claudinei e outro investigado, Andryl Nascimento Reis, estavam em um grupo de Whatsapp chamado ABC Bets. O dinheiro da Betano estava incerto, mas um dos integrantes do chat fez questão de ressaltar que a aposta era de confiança:

"Irmão Juninho deu a letra".

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Imagem: Arte/UOL

O motivo do empréstimo de R$ 10 mil

A falta de liberação do dinheiro por parte da Betano gerou o pedido de empréstimo que Juninho, irmão de Bruno Henrique, fez ao atacante.

Esse trecho também está nas mensagens interceptadas pela Polícia Federal.

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Juninho argumentou que tinha R$ 12 mil travados pela plataforma. E, assim, estava pedindo R$ 10 mil a Bruno Henrique.

O jogador fez o depósito ao irmão e ainda respondeu:

"Pegando dinheiro vc paga em".

'CBF vai investigar'

Já em outubro de 2024, quase um ano depois do jogo, Claudinei conversou com Henrique sobre a situação com a Betano. Os dois fazem parte do segundo núcleo de apostadores, que não têm parentesco com Bruno Henrique, mas receberam de Juninho, irmão do jogador, a dica sobre o cartão amarelo.

"Depois você confere o seu aí, pra ver se pagou. Aí... Meu colega falou que chamou o chat lá e o chat pegou e falou que... Falou uns negócios nada a ver, que a aposta tinha sido inválida", disse Claudinei ao irmão.

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Henrique chegou a mandar o print da plataforma, mostrando que a aposta ainda estava em aberto.

"Loucura", respondeu Claudinei.

No diálogo captado pela PF, os dois já suspeitaram que poderia haver algum tipo de investigação.

"Os cara é f..., viu véi!! Meu colega chamou eles no chat aqui e falou assim que... Ah agora é a CBF que vai...é a CBF que agora que vai...
investigar".

De fato, os relatórios das casas de apostas (KTO, Galera Bet e Betano) e órgãos de monitoramento (Ibia e Sportradar) chegaram à CBF, que remeteu às autoridades para que a investigação avançasse.

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