Por que Sampaoli virou favorito no Santos mesmo após processo e provocação

Jorge Sampaoli é, neste momento, o favorito da diretoria do Santos para assumir o cargo deixado por Pedro Caixinha — o técnico português foi demitido na última segunda-feira. O argentino já comandou o clube no passado em passagem que terminou com rusgas.

Por que Sampaoli?

Sampaoli é um nome mais acessível. O argentino está livre no mercado após ser demitido do Rennes, da França, em janeiro deste ano.

A perspectiva é de retorno rápido. Sampaoli conhece o futebol brasileiro, já treinou o Santos e levou o clube ao vice do Brasileirão de 2019.

O argentino tem o aval do presidente Marcelo Teixeira. O mandatário do Santos gosta da ideia de ter o estrangeiro no comando do time pelo restante da temporada.

Nomes prioritários deram negativas. Tite e Dorival Júnior preferem seguir sem clube neste momento, e Luís Castro não quer voltar ao Brasil.

O Santos quer repetir a fórmula que usou com Pedro Caixinha. A diretoria agiu rápido após a saída de Fábio Carille, e Pedro Martins, CEO do clube, anunciou a contratação do português pouco tempo depois da saída do antecessor. O diretor dará entrevista coletiva hoje, às 15h (de Brasília).

Rusgas e provocação

A relação entre Santos e Sampaoli não terminou bem em 2019. O treinador argentino deixou o clube em litígio com a diretoria e acionou a Justiça. Ele venceu o caso e recebeu R$ 4,4 milhões referentes a férias, 13º salário, FGTS e premiação por classificar o time à Libertadores de 2020.

O clima no reencontro foi pesado. O argentino reencontrou o Santos em 2020, quando estava no Atlético-MG. A partida, disputada na Vila sem torcida por causa da pandemia de covid-19, terminou em vitória santista por 3 a 1 no Brasileirão.

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O Santos provocou Sampaoli com música de Beth Carvalho. Ao som de "Vou festejar", o Peixe publicou o vídeo dos jogadores comemorando a vitória.

Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão.
Trecho da música usado pelo Santos

Sampaoli levou a melhor nos outros dois reencontros. Ele comandou o Galo na volta do jogo da provocação e venceu por 2 a 0. Em 2023, quando estava no Flamengo, bateu o ex-clube por 3 a 2, fora de casa.

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