Técnico de 31 anos desafia o poderoso Atlético-MG na final do Mineiro

A final do Campeonato Mineiro de 2025 pode marcar um feito inédito na carreira do jovem treinador William Batista, de 31 anos. Natural de Campinas, ele comanda o América-MG na decisão contra o Atlético-MG.

O Galo busca seu 50º título estadual, enquanto o América seu 17º. A primeira partida será hoje, no Mineirão, às 16h30, e o duelo decisivo será no dia 15, no Independência.

Apesar da pouca idade para um treinador profissional, Batista minimiza essa questão e foca no trabalho diário com seus jogadores.

"A gente tem falado desde o dia 27 de dezembro que todo dia para nós seria dia 15 de março, que é o dia da grande final de fato", afirmou. "O sentimento de final está dentro desse time todo dia, em todo treino, em todos os jogos que já se passaram."

Juventude como detalhe

Batista se tornou um dos técnicos mais jovens do futebol brasileiro. No entanto, ele evita dar peso à idade e prefere ressaltar sua experiência no meio.

"Eu não me apego muito na idade, apesar de saber que para a profissão sou considerado um jovem treinador. Eu sou o que eu sou não pela minha idade, mas pelo que eu vivi, pelo que eu tive de experiências."

Duelo com Cuca

Do outro lado da decisão, Batista terá um adversário de peso: Cuca, de 61 anos, multicampeão no futebol brasileiro. Sobre um possível embate entre "pai e filho", ele reforçou que, dentro de campo, as idades não fazem diferença. "No momento que a bola rola, é um treinador contra o outro, independente da idade", pontuou.

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Inspirado no "jogo de posição", modelo adotado por grandes equipes europeias, Batista revelou influências como Paco Seirullo, ex-metodologista do Barcelona, e José Barcala, do Deportivo La Coruña.

Eu quero sempre que a minha equipe seja a protagonista do jogo, que tenha capacidade de pressionar o adversário e de ficar com a bola.

Para enfrentar um Atlético-MG experiente e com jogadores renomados como Hulk e Rony, Batista acredita na força do coletivo. "Nós temos nossas estratégias para tentar tirar a influência deles no resultado do jogo e, ao mesmo tempo, aproveitar as oportunidades que eles podem nos oferecer."

América pode surpreender?

Apesar do favoritismo do Atlético-MG, Batista evita rotular a final. "Quando chega numa decisão, não tem como falar de favoritismo para nenhum dos lados", disse. "São 180 minutos e a gente vai ver o que vai acontecer."

Sobre a eliminação do América na Copa do Brasil para o Cascavel, ele admitiu que a queda foi sentida, mas reforçou que o foco agora é o título mineiro. "A gente queria ter classificado, sofreu semana passada, mas agora nosso foco é a final."

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Sobre os pontos fortes da equipe americana, Batista exaltou o espírito coletivo. "A capacidade de ser solidário e generoso. São jogadores que querem representar a instituição e têm sido, acima de tudo, um time."

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