Filipe faz analogia entre Vasco e Manchester City e explica Danilo fora
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Após a classificação do Flamengo contra o Vasco na semifinal do Carioca, o técnico Filipe Luís disse que enxerga todo rival como o Manchester City.
O que aconteceu
Apesar do amplo domínio recente contra o rival, o técnico refutou o fim da rivalidade estadual. Nas últimas 32 partidas contra o Vasco, o rubro-negro venceu 19 vezes, empatou 11 e perdeu apenas duas.
Treinador enxerga todo mundo como se fosse o Manchester City. Todo adversário que eu vou jogar é o melhor time do mundo. Nos últimos anos a disparidade financeira tirou um pouco do clássico para o torcedor. Para o jogador, não.
"Os jogadores entraram como o jogo da vida. Clássico tira o melhor de cada jogador, quem não tava tão bem apresenta sua melhor versão. O Vasco teve oportunidade grande de melhorar outra vez contra a gente, se organizaram bem. Isso tem um peso mental no jogador, se tem uma bola que vai sair e dá pra chegar, ele vai tentar até o final. Vão ser oito clássicos em 12 jogos, para o jogador é um peso grande mentalmente. É tenso esse jogo e no limite da agressividade." - Filipe Luís, em coletiva
Classificação e jogos
O técnico do Flamengo também explicou a ausência do lateral-direito Danilo. O jogador se recuperou de lesão e foi relacionado, mas teve Varela improvisado na posição.
"Semana passada durante os treinamentos ele sentiu um leve desconforto na perna e a gente optou por não arriscar. Poupar ele, dar o descanso pra um jogador que já tem mais de 30 anos. Decidimos não levá-lo para o primeiro jogo, e durante a semana ainda não evoluiu da forma que gostaríamos. Ele não tem lesão, mas temos que respeitar os processos de fisioterapia. Quando ele entrar, que possa disputar ao máximo, sem correr riscos. Ele tá convocado pela seleção brasileira então vamos optar por zerar a dor dele", disse Filipe Luís.
O que mais Filipe Luís falou
Jogo da final. "Deixa eu jantar tranquilo e amanhã pensar no Fluminense. O Fluminense ainda vai jogar contra o Volta Redonda, tem elenco pra estar na parte de cima da tabela. Só penso em descansar hoje e amanhã preparar esse jogo que vai ser na quarta-feira. Vai ser muito difícil enfrentar o Fluminense na final mas eles ainda têm um jogo pela frente."
Disputa entre Plata e Luiz Araújo. "Treinador não pensa só em montar o quebra-cabeça, às vezes dá certo, às vezes não. Sei que ter dois jogadores desse calibre e jogar improvisado é um privilégio porque os dois querem ajudar a equipe. Optei pelo Plata por inúmeros motivos, ele nos dá muito dinamismo, a fase defensiva dele é extraordinária, aguenta alta intensidade. O Luiz Araújo é muito forte quando entra no segundo tempo. O treinador bota tudo na balança e decide, meu trabalho é pensar sempre na equipe."
Retorno do De la Cruz. "Tem que ter um cuidado particular, mas é um jogador muito importante pro modelo, como ele entende essa posição de volante. Nos dá uma vantagem muito grande pela qualidade que ele tem, consegue fazer o time sair da pressão de uma forma individual. Muito intenso pra fazer coberturas, pressionar. Tenho plena convicção que sabendo dosar ele sempre vai oferecer a melhor versão dele."
Situação do gramado. "Se eu tivesse jogado essa resposta teria sido muito mais fácil. A gente dá o feedback e eles tentam ajustar e melhorar, dentro das capacidades, essa grama que deve ser tão difícil de gerir pra ela ficar perfeita. Tapete não tá, mas tá razoável para praticar um bom futebol."
Quem vai para a final. "Conseguimos dosar bem, dar minutos para todo mundo, tirar minutos de jogador que não aguenta carga tão elevada e outros tiveram que explorar. Tudo o que vem acontecendo é absolutamente normal e dentro do que a gente planejou. Final é final, com certeza vamos com força máxima para vencer, da mesma forma que o adversário vai fazer com a gente."
Estilo de jogo. "Não consigo enxergar o futebol moderno sem intensidade. Eu assisto muito futebol, principalmente das grandes ligas, e o jogador que não tem intensidade não tá nesses campeonatos. Além de intensidade técnica, tem potência, velocidade, resistência. Estamos vendo um novo tipo de atleta disputar esse esporte. O futebol moderno pede essa intensidade. Os que mais correm no meu time são os atacantes. O nível que eu vejo na minha equipe é o sonhado antes de eu assumir."
Trabalho. "Como treinador, a gente vive sem confiança, vive achando que o adversário é o jogo mais difícil e nunca subestima a ninguém. Tudo o que eu penso é no próximo jogo. Não posso pensar em números, invencibilidade. A única coisa que eu penso é no próximo jogo. Não sei quantos jogos passaram desde que comecei a ser jogador, a única coisa que vai me manter aqui é vencer o próximo jogo. É bom que falem bem, quando as coisas não forem bem não vai ser assim, mas eu estou preparado, foi o caminho que escolhi."
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