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A superioridade do Flamengo sobre o Vasco hoje é tamanha que se assemelha ao clássico da Catalunha entre Barcelona e Espanyol, destacou o colunista Mauro Cezar Pereira no Posse de Bola.
A grande questão é o confronto entre os dois rivais: Flamengo e Vasco. Se você fizer um recorte dos 30 últimos jogos, o Flamengo venceu 17, o que Flamengo dá 56%. É bizarro. Até um recorte mais recente, o Flamengo venceu 16 dos últimos 20 jogos. Ou seja, o Flamengo ganhou 80% dos jogos disputados desde a final do Carioca de 2019.
O colega Pedro Torre, da ESPN, antes do jogo de sábado, comentou comigo que Flamengo x Vasco está virando Barcelona x Espanyol. E realmente parece Barcelona x Espanyol, até pelas estatísticas é muito parecido.
Nos últimos 30 jogos, o Vasco venceu dois. Nos últimos 30 jogos no duelo da Catalunha, o Espanyol também ganhou dois. É assustador. O Flamengo não tem essa supremacia em cima do Fluminense, contra o Botafogo ganha, perde e tal. É assustador como o Vasco sempre perde, perde e perde.
Mauro Cezar
Segundo o colunista, o Flamengo só não construiu placar mais elástico na vitória sobre o Vasco no Maracanã porque voltou a ter dificuldade em transformar superioridade técnica em gols.
No geral, a diferença em campo foi maior que o placar de 2 a 0, assinalado no fim com um golaço de Cebolinha.
No sábado, o time do Flamengo foi muito superior, dominou completamente o primeiro tempo, mas continua com aquele crônico problema de transformar o volume de jogo em gols. Então ficou até o final ali com 1 a 0.
O Vasco só melhorou no segundo tempo, quando conseguiu sair um pouquinho mais, mandou bola na trave, mas no primeiro tempo o Vasco não conseguia jogar. A disparidade entre os times é muito grande.
Depois que o Filipe Luís mexeu no time, o Flamengo recuperou o controle da partida e deveria ter vencido com mais facilidade. Mas no geral o pacote é muito assustador no confronto entre dois grandes rivais.
Mauro Cezar
São Paulo jogou como time pequeno contra Palmeiras? Juca e Arnaldo debatem
O São Paulo jogou como time pequeno no empate sem gols contra o Palmeiras pelo Paulistão? Os colunistas Juca Kfouri e Arnaldo Ribeiro divergiram sobre a questão.
Juca se sentiu constrangido com a postura do Tricolor na casa do Alviverde; Arnaldo argumentou que a estratégia de Luis Zubeldía foi bem-sucedida e citou até Telê Santana.
Juca: São Paulo poderia jogar de igual para igual com o Palmeiras
Eu achei um horror no primeiro tempo, de uma monotonia absurda — deu sono. O segundo tempo foi melhor, sem dúvida, houve mais chances de gol. A partir da hora que o Lucas entrou, o jogo melhorou para o São Paulo.
Agora, me desculpem os meus amigos são-paulinos, eu vi o São Paulo fazer a mesma coisa que já vi o Corinthians fazer com o Palmeiras, e aí o Abel Ferreira tem toda razão — time grande jogando como time pequeno contra o Palmeiras.
O São Paulo fazia cera no primeiro tempo, o São Paulo queria o empate. Eu entendo, o resultado acabou sendo muito melhor para o São Paulo do que para o Palmeiras, mas eu fico um pouco constrangido em ver time grande jogar como time pequeno contra outro igual.
Será que é tática ou o time é ruim mesmo? Eu acho que é tática, eu acho que o São Paulo podia jogar mais igual pra igual com o Palmeiras. E compreendo que tenha mantido fora durante grande parte do jogo as suas duas maiores estrelas para poupá-los do gramado artificial.
Juca Kfouri
Arnaldo: Time grande jogando como time pequeno depende da circunstância
Vou pegar a questão do Juca, do time grande jogando com o pequeno. No final das contas, algumas estratégias, quando bem-sucedidas, depois ninguém lembra se o jogo foi bonito ou não. Posso lembrar do Corinthians campeão brasileiro de 1990, ou do Corinthians do Carille campeão brasileiro de 2017, ou da seleção brasileira de 1994.
Tem situações que, mesmo com os melhores jogadores, caso da seleção de 94, você não joga bonito, você joga para vencer ou para não perder ou para não tomar gols. Então, não me iludo muito com essa de time grande, se a seleção brasileira joga muitas vezes como time pequeno. Eu acho que depende muito das circunstâncias.
Ninguém lembra bem como o São Paulo conquistou o seu primeiro título brasileiro, contra o Atlético Mineirão, levando o jogo para os pênaltis e ganhando nos pênaltis. Jogou como time pequeno? Depende.
O time do Telê era maravilhoso, mas alguém lembra como foi o primeiro título do Telê no São Paulo? O Brasileirão de 1991, empatando com o Atlético em 0 a 0 em casa e jogando fora para empatar e se classificar, empatando em 0 a 0 com o Bragantino em Bragança, não deixando o adversário jogar.
Arnaldo Ribeiro
Assista ao debate:
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