Maracanã anuncia leilão e prevê aumento de receita com camarotes

O Maracanã anunciou, nesta terça-feira (21), o leilão de 11 camarotes. O consórcio formado por Flamengo e Fluminense para a gestão do estádio indica um salto nas receitas relacionadas à comercialização dos locais.

O que aconteceu

A previsão de arrecadação supera os R$ 60 milhões em um ano. A projeção inicial, estipulada no plano comercial no processo de licitação, girava em R$ 40 milhões.

Serão 11 camarotes em leilão. As unidades foram as que não tiveram o contrato renovado e representam 13% — o restante teve um novo vínculo assinado. Os preços variam de R$ 560 mil até R$ 6,1 milhões, valor de um dos camarotes em contrato de três temporadas, o máximo possível neste molde.

"Quando fixamos os preços dos camarotes, fixamos em uma expectativa média. Não é uma expectativa otimista e nem pessimista. O fato de ter um preço mínimo, garante que está dentro do planejamento médio que fizemos", explicou o diretor comercial Dílson Motta.

"A adição do leilão faz com que possamos ultrapassar esse valor. A Fla-Flu serviços tem obrigações com o governo do Estado, algumas com prazos determinados. Nosso trabalho é que tenha o maior volume de arrecadação possível em todas as linhas de receita. Estamos colocando isso aqui e esperamos que se alcance ainda mais para ter uma tranquilidade financeira", completou Motta.

Rodrigo Tostes, vice-presidente de Patrimônio do Flamengo marcou presença. Marcela Dantas, que integra a gerência de marketing do Rubro-Negro, também esteve no evento.

A receita com os camarotes não tem destinação já apontada. "A receita que entra para o Maracanã, das linhas que temos, é para usar no Maracanã como um todo. Esse dinheiro entra, temos linhas de despesa e cada linha tem um peso. Sempre vamos trabalhar para que a linha de receita seja maior que a despesa", indica Severiano Braga, CEO do Maracanã.

Sem shows ou jogos da seleção

A aquisição dos camarotes dá direito ao proprietário de ir a jogos de futebol no estádio, mas não entra na conta as partidas da seleção brasileira e eventuais shows. Esses eventos, mesmo que aconteçam no Maracanã, têm organização própria e a questão dos camarotes depende do produtor.

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O Maracanã voltará a ser utilizado no próximo dia 30, no duelo entre Flamengo e Sampaio Corrêa, pelo Carioca. O Fluminense retorna ao estádio no dia 2, contra o Boavista.

O consórcio formado por Flamengo e Fluminense teve a vitória na licitação homologada em junho do ano passado. Eles já administravam o estádio desde abril de 2019, mas sempre com contratos temporários.

O Rubro-Negro tem 65% de participação econômica, enquanto o Tricolor tem 35%. A divisão significa que a linha de receitas, lucros, perdas, direitos e obrigações do Consórcio serão calculadas de acordo com essa proporção.

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