'Excesso de cautela' fez Santos perder Sampaoli e sair atrás por Gabigol
A cautela da diretoria do Santos pelo acesso à Série A fez Jorge Sampaoli escapar e o Cruzeiro sair na frente por Gabigol.
O que aconteceu
O presidente Marcelo Teixeira iniciou conversas, mas não fez qualquer proposta oficial antes do acesso do Santos à Série A do Campeonato Brasileiro em 2025.
A ideia de Teixeira era não comprometer o orçamento do ano que vem em caso de um insucesso na reta final do campeonato. O Peixe teria que honrar com contratos acima do que a Série B permite.
Esse "excesso de cautela" mesmo com o Santos encaminhado à Série A fez Jorge Sampaoli escapar e assinar com o Rennes, da França, em um contrato até junho.
O Peixe começou a conversar com Sampaoli e ouviu uma sinalização positiva. O argentino estava animado em comandar o Santos novamente, numa cidade onde foi feliz e a torcida o abraçou em 2019.
Sampaoli, inclusive, imaginava a base do time com Luan Peres, Diego Pituca e Soteldo em 2025, três atletas titulares com ele na outra passagem. A expectativa dele era acertar com o Santos.
O tempo passou, o Peixe não oficializou uma proposta e pintou o convite do Rennes, poucos dias antes do acesso confirmado. Com receio de esperar mais, Sampaoli aceitou e frustrou Marcelo Teixeira. O presidente via o treinador como a melhor opção.
O Santos, agora, avalia se vai ficar com Fabio Carille no ano que vem. A tendência, porém, é que o Peixe procure outro treinador. Nenhuma proposta foi feita. Faltam duas rodadas da Série B, e o objetivo é o título.
Cenário semelhante com Gabigol
O Santos viveu esse impasse também com Gabriel Barbosa, que está em fim de contrato no Flamengo e tem um acerto verbal com o Cruzeiro.
O Peixe "namorou" Gabigol, também ouviu uma sinalização positiva, e a demora para formalizar uma oferta fez a Raposa sair na frente. Um acordo foi apalavrado.
Com o acesso confirmado na segunda-feira (11), Marcelo Teixeira já botou no papel uma proposta para Gabi no dia seguinte. A oferta balançou o Menino da Vila.
O Santos ofereceu R$ 2,5 milhões de salário, com bônus de R$ 10 milhões se o atacante fizer 20 gols em um ano. O cenário agora é de indefinição.
O Cruzeiro ainda está na frente, mas o Peixe se vê confiante em uma reviravolta. O contexto financeiro é semelhante e há a vantagem de ser a cidade onde Gabigol tem residência e o clube do coração da família dele.
Nesse caso, o excesso de cautela do Santos não acabou com as chances de repatriar o atleta. Com Sampaoli, porém, o Peixe se frustrou.
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