Copa do Brasil: Súmula relata explosão de bombas, laser e invasões na final

O árbitro Raphael Claus relatou na súmula todas as confusões ocorridas dentro da Arena MRV na final da Copa do Brasil, entre Atlético-MG e Flamengo.

O que aconteceu

Bombas foram arremessadas no gramado, vidas da arquibancada onde estava a torcida mandante, em quatro momentos diferentes: aos 9 minutos, aos 49, aos 50 e aos 52 minutos de jogo. Os artefatos explodiram próximos aos jogadores. Copos plásticos também foram lançados em quatro situações.

A partida ficou paralisada por sete minutos após o gol do Flamengo por invasão de torcedor e "diversos objetos" atirados no campo. Os itens também foram arremessados pela torcida do Atlético na direção dos jogadores e na área técnica da equipe visitante. O homem que invadiu o gramado foi contido e retirado por seguranças.

Ainda teve laser no rosto do goleiro Rossi. O flamenguista foi alvo dos feixes de luz aos 12 e aos 50 minutos da partida.

Depois do apito final, também houve uma tentativa de invasão "ostensiva" de torcedores do time da casa antes do início da premiação. Claus escreveu que a ação foi contida pela segurança privada com posterior auxílio da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral. O Rubro-negro venceu por 1 a 0 e foi coroado pentacampeão da Copa do Brasil.

O que Claus relatou na súmula

"Informo que durante a partida aos 12 minutos e aos 50 minutos, foi colocado um laser no rosto do goleiro visitante, vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante. Foram arremessados bombas no gramado explodindo próximo dos jogadores aos 9 minutos, 49 minutos, 50 minutos e 52 minutos, vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante. Informo ainda que também foram arremessados copos plásticos no gramado aos 6 minutos, 45 minutos, 51 minutos e 82 minutos, vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante.

Após o gol da equipe visitante, durante a comemoração, foram arremessados diversos objetos no campo de jogo vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante, na direção dos jogadores que estavam comemorando e também na direção da área técnica da equipe visitante. nesse momento a partida ficou paralisada por 7 minutos. Informo também que nesse momento de paralisação um torcedor da equipe mandante invadiu o campo de jogo sendo contido e retirado pelos seguranças. Momentos antes do início da premiação houve uma tentativa de invasão por parte de torcedores da equipe mandante de forma ostensiva, sendo contida pela segurança privada e posteriormente com o auxílio da polícia militar, que inclusive utilizou bombas de efeito moral para conter a referida tentativa."

Confusão durante a final

O clima já estava tenso antes mesmo de a bola rolar. Na torcida visitante, o acesso ao estádio foi conturbado, com muita correria, gás de pimenta e bombas. Além do problema nas catracas, houve tentativa de invasão. A polícia só foi reforçar a segurança perto da bola rolar.

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Uma das bombas arremessadas no campo explodiu próxima do fotógrafo Nuremberg José Maria logo após o gol do Flamengo. O profissional teve três dedos quebrados, rompeu tendões e precisou passar por cirurgia no Hospital João XXIII.

Outra bomba caiu embaixo de uma cadeira utilizada pelo fotojornalista Fred Magno, do O Tempo. Câmera, lentes e notebook do profissional acabaram molhando com a explosão.

A Arfoc-MG (Associação dos Repórteres Cinematográficos de Minas Gerais) lamentou o acontecido em nota oficial divulgada. A associação também cobrou o Atlético-MG e a Arena MRV [veja nota completa no final da matéria].

A Arfoc-MG presta solidariedade a todos os seus associados e demais profissionais de imprensa atingidos pelos atos violentos promovidos pelos vândalos travestidos de torcedores do Atlético-MG e cobra a Arena MRV e o Atlético-MG medidas que assegurem e preservem a integridade física de seus associados, bem como de seus equipamentos. Arfoc-MG, em nota oficial

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