Os 34 minutos de show: dissecamos os cinco gols de um frenético Botafogo
O Botafogo reservou o show no Nilton Santos sobre o Peñarol, em jogo da ida da semifinal da Libertadores, para o final: depois do 1° tempo tenso que acabou 0 a 0, a equipe de Artur Jorge voltou dos vestiários de maneira frenética e marcou seus cinco gols (de maneiras diferentes) em apenas 34 minutos.
Os detalhes do show
O primeiro gol saiu com entrosamento e um toque mágico de Luiz Henrique aos cinco minutos: o ponta, que já havia se destacado no fim da etapa inicial, recebeu de Marlon Freitas na ponta direita e esperou meticulosamente o momento certo para dar um lindo passe para Savarino, que havia se infiltrado em diagonal, deslocar Aguerre.
No 1° tempo, o time estava muito bem, só que o Peñarol soube defender bem o seu gol. Foi difícil passar por eles no 1° tempo porque eles estavam com uma linha de seis atrás. Nos últimos cinco minutos, a gente estava bem, mas a bola não estava entrando. Fomos para o intervalo tranquilos, esperamos o que o mister [Artur Jorge] tinha para falar. Ele falou para ter um pouco de paciência e tranquilidade, trocando mais a bola rápida de um lado para o outro e fazer o time deles cansar. Voltamos com mais vontade de fazer gol Luiz Henrique, à TV Globo
A segunda bola na rede veio quatro minutos depois, desta vez a partir de uma bola parada: Savarino cobrou escanteio para Igor Jesus escorar para o meio e Alexander Barboza, na base da raça, ganhar na dividida de Rodríguez antes de marcar pela primeira vez com a camisa carioca.
Classificação e jogos
O 3 a 0 foi construído com o DNA da equipe de Artur Jorge: a rapidez na construção ofensiva. Foram dez segundos desde o drible de Igor Jesus, ainda no campo de defesa, até o chute de Savarino, já dentro da área — a bola passou por Luiz Henrique e Vitinho até cair nos pés do venezuelano, já na casa dos 13 minutos.
A vitória virou goleada aos 25 minutos com uma lambança de Gastón Ramírez, que tropeçou sozinho e cedeu um contra-ataque mortal: Igor Jesus recebeu passe curto de Savarino, mas conseguiu dar um toque providencial para Luiz Henrique, de cavadinha, enlouquecer o Nilton Santos com um golaço.
A cereja foi colocada no bolo com o faro de artilheiro de Igor Jesus. O atacante aproveitou rebote de Aguerre e, nas costas da defesa, deu um caprichoso toque de cabeça para encobrir o goleiro e, 34 minutos depois do lance que abriu o placar, encerrar a noite com chave de ouro no Nilton Santos.
Era uma ou outra coisa de ajuste no meio campo e troca de lateralidade, coisas que o Artur ajustou. A palavra-chave foi a gente continuar concentrado. Eu mesmo falei para o Luiz e para o Igor: 'aproveita porque a gente vai ter chance'. A gente foi muito feliz nas decisões finais, foram gols espetaculares. Aproveitamos o momento, e o resultado está aí Alex Telles, ao UOL
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