Marília Ruiz: Impeachment no Corinthians pode ser cortina de fumaça

Durante o Fim de Papo desta segunda (9), a jornalista Marília Ruiz explicou que a abertura do processo de impeachment do presidente Augusto Melo do Corinthians não está seguindo as regras do próprio clube.

A jornalista disse que as intimações aos acusados na investigação não contêm o motivo da acusação deles. Além de ser contra o regimento interno do clube, isso pode causar um atraso ou até mesmo uma anulação do processo - que já é apontado por muitos como uma cortina de fumaça.

No dia 12 de agosto, foi pedida a abertura de um processo de impeachment. A situação foi para a comissão de ética, de justiça, foi lido o relatório e, primeiro, foi encaminhado sete nomes para a comissão de ética para eles se defenderem a respeito do que havia sido apurado pela comissão de justiça - não publicados. [...] Depois de uma questão política, foram entregues as assinaturas e o presidente do Conselho Deliberativo resolveu encaminhá-las para a comissão de ética, que é presidida pelo sr. Roberson Medeiros, conhecido como "Dunga". [...] Segundo o regimento interno, quem intima as pessoas a depor é o relator do processo. Na semana passada, as sete intimações foram enviadas. As sete assinadas pelo Roberson Medeiros. Isso implicaria em ele ser o relator dos sete processos. [...] Segundo o regimento interno, os processos caminharam em sigilo, mas todos teriam direito a ampla defesa. Os sete dias para entregar a defesa viraram 10 dias úteis para alguns investigados - isso seria sexta-feira. O presidente também teria que entregar nesse prazo. Segundo o regimento interno, as intimações precisariam conter as acusações. Porém, as sete intimações foram feitas para que as pessoas se defendam em processo prévio sem dizer do que são acusadas. Há quem diga no Corinthians que essa é uma jogada para anular ou adiar os processos.
Marília Ruiz