Rafa Mir, jogador do Valencia acusado de agressão sexual, usou as redes sociais para emitir um comunicado (leia na íntegra mais abaixo) em que declara inocência no caso e classifica a denúncia como infundada.
Após um período de reflexão, quero deixar clara minha inocência. Tão logo pude trabalhar em igualdade de condições com as acusações, o caso deu um giro importante que evidencia o quão infundada resulta a denúncia. Confio plenamente na Administração de Justiça deste país, com a qual colaborei desde o primeiro minuto para esclarecer os fatos
O que aconteceu
Ele foi detido na segunda-feira passada (2) acusado de agressão sexual contra duas mulheres e liberado dois dias depois após prestar depoimento à Justiça. O jogador passou duas noites preso no Comando da Guarda Civil, em Patraix, bairro da cidade de Valencia.
Rafa Mir precisará se apresentar ao tribunal com frequência, não pode deixar o país durante a investigação e precisa ficar a 500 metros de distância das mulheres que o denunciaram.
O magistrado que expediu a liberdade condicional vai liderar a investigação para estabelecer se há evidências suficientes para que Mir vá a julgamento.
Jaime Campaner, advogado de Rafa Mir, disse que a relação sexual foi consentida em entrevista à imprensa espanhola antes entrar no tribunal que o jogador prestou depoimento, na quarta-feira (4).
O que diz a denúncia
Mir, um amigo e duas mulheres deixaram uma discoteca e seguiram para a casa do jogador, segundo a denúncia, divulgada pela imprensa espanhola. O episódio aconteceu após o jogo entre Valencia e Villarreal, 31 de agosto.
A mulher de 21 anos teria sido agredida por Mir ao sair do quarto e empurrada na piscina antes de sofrer a primeira agressão. A segunda agressão teria acontecido logo depois, já no banheiro.
A outra mulher, de 25 anos, percebeu o ocorrido através de gritos e acabou golpeada na boca pelo amigo do jogador. Elas foram expulsas seminuas e a cena foi flagrada por vizinhos, que avisaram a polícia.
Confira o comunicado de Rafa Mir na íntegra:
Após um período de reflexão, quero deixar clara minha inocência, reiterando o conteúdo do comunicado que emitiu meu advogado Jaime Campaner. Tão logo pude trabalhar em igualdade de condições com as acusações, o caso de um giro importante que evidencia o quão infundada resulta a denúncia. Confio plenamente na Administração de Justiça deste país, com a qual colaborei desde o primeiro minuto para esclarecer os fatos
Por todo isso, quero expressar minhas mais sinceras e profundas desculpas ao meu clube, o Valencia, à comissão técnica, a meus companheiros e principalmente à torcida valacentista, por não cumprir, ainda que fosse um dia livre, com o rigor dos horários que se espera de um profissional, ainda mais depois de um início de temporada longe das nossas expectativas. Desde já, em minha condição de jogador profissional, todas as minhas energias estão focadas em ajudar o meu clube e meus companheiros.
Não quero esquecer de agradecer minha família pelo carinho e apoio que me mostraram em todo momento. Seu amor e a verdade me farão superar essa situação tão traumática que estou vivendo.
Dito isso, seguindo o conselho do meu advogado, trabalharemos nos tribunais e não nos meios de comunicação nem nas redes sociais.
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Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
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