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'É uma ferida aberta', diz manicure que acusou Luxemburgo de abuso

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

02/05/2023 16h28

A manicure que acusou Vanderlei Luxemburgo de assédio sexual em 1996 conversou com a CNN e afirmou que o caso é 'uma ferida aberta' que ela ainda não conseguiu superar.

Luxemburgo foi inocentado da acusação.

O que ela disse

"É difícil falar sobre isso. Já no primeiro momento [ele tentou avançar] bateu a porta e o resto não dá para falar? Teve tudo. Só não teve penetração. E [eu] contra a parede (...) É uma ferida aberta, não consigo superar. É monstruoso".

Ela afirmou que foi recebida por Luxemburgo com apenas uma toalha de banho enrolada no corpo.

Cláudia afirmou que o técnico encostou bastante nela e que ficou presa no quarto. "Nossa senhora, e como [encostou]. Tinham dois seguranças na porta e eu não pude sair. Chamei, chamei e gritei muito. Só assim me deixaram sair".

A manicure aucusou o treinador de comprar funcionários do hotel, algo que nunca foi comprovado. "Ele comprou todo mundo, ele tinha uma mala de dinheiro. Ele comprou todo mundo. Ele comprou a recepcionista, um motorista de táxi que me trouxe embora. Foi isso o que aconteceu".

Ela hoje vive no interior de São Paulo a mais de 300 km de Campinas e disse que precisou deixar a cidade na época por causa de uma suposta perseguição da torcida. "Os torcedores queriam me linchar. Porque, você sabe. Ele estava no auge e eu tive que sumir de Campinas".

Cláudia diz que perdeu o emprego na época e hoje vive em depressão à base de remédios fortes devido ao que aconteceu naquela tarde de maio. "Eu estou nessa situação por causa dele", acrescentou ela, que vive com um companheiro.

Cláudia Laudineide Machado Cavalcante, hoje com 60 anos, foi contratada na época por Luxemburgo para atendê-lo em um hotel de Campinas, onde ele preparava o Palmeiras para um jogo.

O UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa de Vanderlei Luxemburgo, mas ainda não obteve resposta. A matéria será atualizada assim que houver uma posição.

Luxa foi inocentado de acusação

As autoridades aceitaram a denúncia por atentado violento ao pudor, mas Luxemburgo foi inocentado após julgamento, em novembro de 1997. A sentença acabou confirmada um ano depois, e ele continuou trabalhando — inclusive, treinando a seleção brasileira naquele período.

A defesa de Luxa negou a versão e disse que o técnico vestia um agasalho do Palmeiras assim que abriu a porta para a manicure.

Cláudia contou que enfrentou uma batalha contra "um gigante" no tribunal. "Ele tinha quatro advogados grandes e graúdos. E eu estava com um, me desculpe, que não fez nada por mim".

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