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MPF defende prisão de Robinho e entrega endereços do ex-jogador

Adriano Wilkson e Bruno Menezes

Do UOL, em São Paulo

27/02/2023 14h35Atualizada em 28/02/2023 06h03

O Ministério Público Federal entregou à Justiça um parecer no qual defende a prisão do ex-jogador Robinho, condenado a 9 anos de prisão na Itália por estupro.

No documento, ao qual o UOL teve acesso, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos afirmou que não existem restrições à transferência da pena ao Brasil e entregou quatro endereços nos quais o ex-atleta pode ser encontrado, todos na Baixada Santista, no litoral de São Paulo.

Escreveu o subprocurador:

"Nesse contexto, inexistentes quaisquer restrições à transferência da execução da pena imposta aos brasileiros natos no estrangeiro, razão pela qual o requerido [Robinho] há de ser citado no endereço a seguir indicado para apresentar contestação..."

O parecer foi entregue na manhã de hoje (27) e, em seguida, os autos do processo foram remetidos à analise da relatora do caso, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ. Agora, a juíza deve permitir à defesa do ex-jogador se manifestar.

Como o caso já transitou em julgado na Itália, não há possibilidade de Robinho reverter a condenação. Sua defesa pode, porém, questionar a transferência da pena ao Brasil. Segundo uma reportagem do UOL da semana passada, o pedido de execução da pena não mudou a rotina do ex-jogador, que curtiu o Carnaval em Santos e no Guarujá.

Relembre a história

  • A Justiça italiana pede para que Robinho cumpra a pena de nove anos no Brasil. Robinho foi condenado por estupro coletivo na Itália
  • Antes, os italianos pediram a extradição de Robinho para a Itália, o que não é permitido pela Constituição brasileira e, logo, foi negado.
  • Para o Ministério da Justiça do Brasil, a solução seria a transferência da execução da pena, que teria amparo na lei de extradição entre Brasil e Itália.