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Com dificuldade por diretor, Santos revê dirigentes no jogo contra o Inter

Paulo Autuori, diretor de futebol do Santos - Ivan Storti/Santos FC
Paulo Autuori, diretor de futebol do Santos Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Do UOL, em Santos (SP)

01/10/2022 04h00

O Santos encontra dificuldade para definir um novo chefe para o departamento de futebol. Curiosamente, o Peixe reencontrará dois ex-dirigentes na partida de hoje (1), contra o Internacional, às 15h, no Beira-Rio, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Paulo Autuori, diretor técnico, e William Thomas, diretor executivo, trabalham atualmente no Colorado e estiveram juntos durante a gestão do ex-presidente José Carlos Peres no Santos.

Autuori chegou ao Peixe em julho de 2019 com a missão de acalmar os ânimos exaltados pela relação ruim entre Peres e o então técnico Jorge Sampaoli. Mas Autuori também se irritou com a diretoria santista e anunciou que só ficaria até dezembro daquele ano. O Santos, então, o demitiu em novembro.

O substituto no Santos foi justamente William Thomas, que havia chegado ao clube como coordenador sob indicação de Autuori. Thomas assumiu a chefia do futebol e durou nove meses. O profissional pediu demissão em agosto de 2020, quando o Peixe decidiu pela saída do treinador português Jesualdo Ferreira.

Na reta final de 2020, o Santos trouxe Cuca como técnico e promoveu Jorge Andrade da gerência da base ao profissional. O presidente Peres sofreu impeachment, o vice Orlando Rollo assumiu até as eleições de dezembro, quando o atual mandatário Andres Rueda foi eleito e trouxe Felipe Ximenes como novo dirigente. Mesmo com todos esses problemas, o Peixe foi até a final da Libertadores da América e perdeu para o Palmeiras.

Mercado difícil

O presidente Andres Rueda assumiu o Santos em dezembro de 2020, já nas semifinais da Libertadores, e ficou com receio de mexer no departamento de futebol. Sendo assim, ele manteve Ximenes como diretor de futebol, mesmo com ressalvas sobre seu trabalho.

Depois do vice-campeonato, Ximenes foi demitido e André Mazzuco chegou como novo executivo de futebol em maio. O Peixe demitiu Mazzuco e também o gerente Jorge Andrade em outubro e trouxe Edu Dracena como nova aposta.

Dracena ficou no Santos por nove meses até pedir demissão após a eliminação na Sul-Americana para o Deportivo Táchira (VEN), em julho. O Peixe ouviu alguns "não" no mercado, como os de Paulo Bracks e Ricardo Moreira, e trouxe Newton Drummond como substituto. Drummond, conhecido como "Chumbinho", foi demitido um mês depois.

Desde o dia 18 de agosto, o Santos não tem um comandante no departamento de futebol e vê o presidente Andres Rueda conciliar as duas funções. A princípio, Rueda entendeu que daria conta. Quando o técnico Lisca pediu demissão, porém, ele reviu os planos.

O mandatário entendeu que o Santos precisa de um novo executivo, mas tem encontrado muitas dificuldades no mercado. A maior barreira é detectar um perfil adequado. E o segundo é encontrar quem aceita assumir no decorrer da temporada.

A ordem no clube, então, é não apressar a procura para evitar novo erro e só contratar quando a decisão for unânime. O Comitê de Gestão, formado pelo vice José Carlos de Oliveira e os membros Dagoberto Oliva, Rafael Leal, Renato Hagopian, Thomaz Corte Real, e Diogo Castro, gerente de logística, têm ajudado Andres Rueda no dia a dia.

Nas últimas semanas, o Santos procurou Vanderlei Luxemburgo e Emerson Leão para a função de diretor, mas não houve acordo. O argentino Marcelo Bielsa seria técnico e executivo, só que também recusou. Dessa forma, o Peixe decidiu efetivar o interino Orlando Ribeiro, treinador do sub-20, até o fim do ano, porém, segue atrás de um dirigente.

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