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Jorginho confia em volta por cima e projeta acesso 'suado' do Vasco

Jorginho, técnico do Vasco, durante jogo contra o Londrina - Jorge Rodrigues/AGIF
Jorginho, técnico do Vasco, durante jogo contra o Londrina Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/09/2022 01h10

Em casa, o Vasco ficou apenas no empate por 1 a 1 no confronto direito contra o Londrina e perdeu a chance de aumentar a vantagem no G4 da Série B. Apesar do tropeço, o time se manteve no G4 e ainda enfrentará mais dois adversários pelo acesso nas últimas seis rodadas do torneio, ambos fora de casa.

No entanto, o técnico Jorginho evitou em projetar os embates diante de Sport e Ituano e focou exclusivamente no próximo rival. O treinador quer a equipe focada no duelo de terça (4), às 19h, contra o Operário fora de casa pela 33ª rodada.

"A gente não pode pensar nesses jogos, temos um jogo importante contra o Operário. Até lá pode acontecer muita coisa. O Sport e o Ituano também têm jogos fora. O mais importante para gente é o próximo para dar a volta por cima nos jogos fora. Acredito muito que vamos dar a volta por cima contra o Operário. Ainda estamos no G4 e, dependendo do resultado do Ituano, vamos manter essa vantagem de 3 pontos", comentou ao lembrar que o Gigante da Colina vem de oito derrotas seguidas como visitante na competição.

O comandante segue confiante no acesso, diferentemente da torcida, que protestou muito após o apito final. Apesar das vaias das arquibancadas, Jorginho reforçou a importância dos torcedores e pediu o apoio deles.

"O torcedor me conhece muito bem e digo para eles que não tenho dúvidas de que vamos subir, mas não vai ser fácil. No Vasco sempre foi assim, suado difícil. Eles cantam que o Vasco é o time da virada e vamos dar essa virada. Se eles entenderem o quanto são importantes para a temperatura do jogo, vão apoiar o tempo todo, sei que estão machucados. A gente acredita muito no potencial desse grupo e o torcedor precisa estar com a gente. A torcida é um show, o primeiro tempo, mesmo com a gente perdendo chance, ela sempre esteve junto. Estão machucados e, por isso, acabam extravasando a tristeza. Eles serão determinantes para o acesso", emendou.

Time do Zé Ricardo

Jorginho repetiu a escalação pelo terceiro jogo seguido. Contudo, em campo, o time ainda parece não ter se encontrado, conquistando apenas quatro dos últimos nove pontos.

Questionado se adotar uma formação mais parecida com a de Zé Ricardo, que treinou o time no começo do torneio e apostava em Gabriel Pec e Figueiredo, o treinador foi enfático e mostrou que confiança no trabalho de sua comissão técnica.

"Respeito e gosto bastante do Zé, é um amigo de profissão. Sou o Jorginho e não o Zé. Conheço muito bem os jogadores, já conhecia alguns e, claro, tinha um contato um pouco maior com um ou outro. Tanto o Pec quanto o Figueiredo nos contamos muito e podem aparecer como titular a qualquer momento. Inserimos quatro jogadores que estavam afastados e podem entrar a qualquer momento. Esses jogadores são fundamentais e todos vão contribuir para que a gente suba. Não é pensar naquilo que passou, sei que passaram uma dificuldade no início, com muitos empates, que foram importantes quando houve uma vitória e o Zé saiu daqui invicto. Tomo a decisão junto da minha comissão técnica e achamos que esses são os melhores nesse momento", reforçou.

Confira outros trechos da coletiva

Fator psicológico
O jogo foi muito forte do lado emocional. Da mesma maneira que poderíamos ganhar, também poderia perder, o que seria uma tragédia. Tivemos oportunidades claras de matar o jogo, mas acredito que meus atacantes fizeram o melhor. A movimentação foi excepcional, faltou aquele detalhe, aquele momento. Falamos no vestiário que foi muito bom ver a equipe se unir. Nesse momento que não alcançamos um objetivo, é muito importante ver a união em campo e no vestiário. Não existe nenhuma dúvida pairando sobre nós de que alcançaremos nossos objetivos.

Gols perdidos por Raniel
Um centroavante vive esses momentos de glórias e das pessoas pensar que são culpados da situação. Olho para a movimentação que fez muito bem nos lances. Acredito muito nele, é o artilheiro da nossa equipe. Confiamos no potencial dele. Procurei uma mudança com o Erick para ganhar mais mobilidade. Ele também foi corajoso e acreditou. O que não pode pairar agora é uma desconfiança em relação ao pessoal e ao grupo. Nesse momento de intensidade, tivemos muitas oportunidades em bolas em profundidade, mas não fomos felizes.

Saídas de Eguinaldo e Nenê
Eguinaldo saiu exatamente por causa do cartão. Poderíamos pensar em colocar ele por dentro e tirar o Raniel, que perdeu o gol. Mas ele não é um marcador, é muito provável que ele tomasse um cartão e teríamos um problema. O Nenê, percebemos que faltava mobilidade. Sou fã do futebol dele, ele sempre tem algo para tirar da cartola, mas não conseguíamos marcar os dois volantes deles e colocamos o Alex para dar mais intensidade. Ele foi tocado pelo goleiro, se ele caísse poderia ser dado pênalti. Para que a equipe não perdesse defensivamente e tivesse mais força no ataque.

Posicionamento do Alex Teixeira
Jogador que tem bastante mobilidade e entrou na vaga do Nenê, mas com a possibilidade de fazer as três funções com o Pec e o Figueiredo e até com o próprio Erick. É um jogador inteligente e experiente. Pensamos até em colocar o Sarrafiore, mas ele vinha de um longo tempo inativo, pensamos nisso.

Como avalia o resultado?
Em outros jogos não tivemos tantas oportunidades, poderíamos ter definido o jogo. Futebol é bola na rede e precisamos ser bem efetivos naquilo que a gente cria. Às vezes, um pique que você dá na diagonal já facilita tudo para que você possa finalizar. A necessidade de uma vitória, mas ao mesmo tempo não perder, dá uma carga psicológica maior.
Temos que ser corajosos, equilibrados e efetivos no próximo jogo. Precisamos de um bom resultado e continuamos acreditando que vamos atingir o objetivo. Com trabalho, confiando nos jogadores e fazendo que a equipe permaneça unida.

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