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Cláusula milionária e crise no Barcelona "encostam" franceses perto da Copa

Griezmann é uma das estrelas da seleção da França Imagem: GABRIEL BOUYS / AFP

Colaboração para o UOL, em Barcelona

25/08/2022 04h00

Classificação e Jogos

Atual campeã mundial e uma das favoritas ao título da Copa do Mundo do Qatar, a seleção francesa vive um problema inesperado a pouco menos de 3 meses do início do torneio. O atacante Antoine Griezmann e o zagueiro Jules Koundé, ambos considerados titulares da equipe de Didier Deschamps, começaram a temporada muito longe do protagonismo na Liga Espanhola.

Griezmann, uma das estrelas do título conquistado em 2018, vive uma situação complicada no Atlético de Madrid e tem sido figura constante no banco de reservas, por dois motivos principais.

O primeiro é financeiro: Griezmann está emprestado ao Atlético pelo Barcelona, e uma das cláusulas do contrato ativa uma obrigação de compra do jogador por 40 milhões de euros (R$ 204 milhões) caso ele jogue mais da metade das partidas. Resumindo: colocar Griezmann para jogar virou um mau negócio para o time de Madri.

A cláusula de compra diz que, para que uma partida seja considerada no cálculo, é necessário que Griezmann atue pelo menos 45 minutos. Nos dois primeiros jogos do Espanhol, ele entrou no segundo tempo e atuou pelo mesmo tempo: 28 minutos. Como na temporada passada o francês atuou em 81% dos jogos, a ideia é usá-lo a conta-gotas, para reduzir as participações a menos de 50%.

Além da questão financeira envolvendo o Barcelona, há uma queda de braço dentro do próprio Atlético. O técnico Diego Simeone abriu as portas do clube para a saída de Griezmann durante o mercado de transferências, mas o jogador não quis sair. A ideia do clube era, com a venda, conseguir arquitetar uma operação para contratar Cristiano Ronaldo. Como Griezmann não saiu, o treinador passou a dar mais chances a outros atacantes do elenco: Morata e João Félix foram os titulares nas duas primeiras rodadas de La Liga.

A situação de Jules Koundé também tem relação com o Barcelona, mas o cenário é diferente. O zagueiro, que trocou o Sevilla pela equipe catalã nesta janela de transferências no fim de julho, ainda não foi inscrito para a disputa da Liga Espanhola e tem se limitado a jogar amistosos.

Para poder contar com o defensor em partidas oficiais de La Liga, o Barcelona precisa se adaptar às exigências do Fair Play financeiro vigente na Espanha: atualmente, isso significaria conseguir 20 milhões de euros (R$ 102 milhões de reais) de espaço na folha de pagamento atual. O clube catalão ainda negocia para reduzir os salários de Piqué, Jordi Alba e Sergio Busquets, além de tentar viabilizar a saída dos atacantes Pierre-Emerick Aubameyang e Memphis Depay.

Uma cláusula no contrato de Koundé prevê que, caso não seja inscrito até o dia 1º de setembro, ele pode deixar o Barcelona e ficar livre no mercado -os catalães pagaram cerca de 55 milhões de euros (R$ 280 milhões) ao Sevilla pelo zagueiro.

A situação de Griezmann e Koundé é uma dor de cabeça a mais para o técnico Didier Deschamps na seleção francesa. Os "Bleus" já convivem com a possível ausência de Paul Pogba, que tem uma lesão no joelho e é dúvida para a competição no Qatar.

Segundo relatos de pessoas próximas a Deschamps, ele tem como hábito convocar apenas jogadores que estejam "ativos e jogando as principais competições". Um dos critérios que ele tenta adotar, por exemplo, é o de evitar convocar jogadores que não disputam a Champions League. Com Griezmann jogando menos de 30 minutos por jogo e Koundé encostado no Barcelona, a convocação dos franceses para os duelos contra Áustria e Dinamarca, pela Liga das Nações, pode apresentar novidades.

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