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Vítor Pereira demonstra várias faces em coletiva do Corinthians; veja quais

Do UOL, em São Paulo

18/08/2022 04h00

O técnico Vítor Pereira, do Corinthians, mostrou algumas de suas diferentes características na entrevista coletiva do clube após a partida contra o Atlético-GO, que acabou em vitória por 4 a 1 e que deu aos paulistas uma vaga na semifinal da Copa do Brasil.

Depois do jogo, o português, questionado sobre diferentes pontos de seu trabalho, expôs tanto seu lado "impulsivo" quanto "amigável" para explicar como age no comando da equipe.

Ele ainda se adjetivou como um líder "forte" e uma pessoa "honesta", revelando possíveis consequências em torno de seu comportamento.

Veja, abaixo, algumas das facetas expostas pelo português na entrevista de ontem:

Um líder "forte" que pode incomodar

Uma das primeiras perguntas feitas pelos jornalistas tratou sobre o possível "racha" entre elenco e comissão técnica. VP negou qualquer atrito, mas admitiu que sua "liderança forte" pode incomodar algumas pessoas.

"É natural que quando uma liderança é forte, às vezes não agrada A, B ou C, mas o objetivo é o Corinthians, é conseguirmos os melhores resultados possíveis. Claro que já vi uma cara mais triste, mas isso é natural em qualquer clube. Se não ficarem tristes porque não estão jogando, é porque estão acomodados. Prefiro que fiquem tristes. Dizer que existem jogadores que não estão alinhados com os objetivos, para mim, são coisas que se vendem. Esta semana não li nada, não vi nada, não ouvi nada. Tudo para estar focado na preparação deste jogo".

Imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Um técnico (mais ou menos) adaptável

O português nunca escondeu a vontade de impor seus próprios métodos de trabalho — dentro e fora de campo — desde que assinou com o Corinthians. Apesar disto, admitiu que é necessário um "meio termo" para preservar a vontade de todos e respeitar "culturas".

"Tenho alguma experiência, não é a primeira vez que saio do meu país. Já dei umas voltas pelo mundo. Sei que é importante perceber a cultura [de cada país]. Não se pode jogar com ideias fixas e rígidas. Aqui há uma flexibilidade de parte a parte. Mas também não vim para fazer o que os outros querem: vim com ideias para implementar e espero que a equipe evolua em termos de qualidade de jogo, que faça mais gols, que pressione bem... às vezes o trabalho não sai porque o tempo é curto, mas é esse meio termo o ideal".

Imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Um português "impulsivamente honesto"

A entrevista coletiva do duelo corintiano contra o Palmeiras, em que VP ironizou um jornalista ao falar sobre sua conta bancária, também foi tema da sessão de ontem. O português disse que, apesar de ter sido mal interpretado, agiu de maneira "impulsiva". Na segunda-feira (15), ele se reuniu com membros da Gaviões da Fiel, maior torcida organizada do Corinthians, para justificar a fala.

"Sobre a conversa [com membros da Gaviões da Fiel] que tivemos: quando uma torcida como a nossa se entrega com paixão e nos ajuda do primeiro ao último minuto, temos que ter abertura para conversar quando assim for solicitado. A questão foi um pouco com base nas declarações que tive da última vez. Sou uma pessoa emocional, honesta e direta naquilo que sinto e naquilo que digo. Fui um pouco impulsivo na última coletiva. Fui reativo, reagi um pouco sem paciência e com frustração diante do resultado. Mas reagi do ponto de vista pessoal e fui mal interpretado".

Imagem: Marcelo Endelli/Getty Images

Um orgulhoso que odeia arrogância

Ainda em relação ao tema envolvendo dinheiro, VP mostrou por que se sentiu mal interpretado pela torcida. O português exaltou suas raízes e negou que seja uma pessoa arrogante. Em sua visão, ele é orgulhoso de tudo o que construiu.

"As pessoas confundiram arrogância com orgulho. Sou muito orgulhoso daquilo que construí do nada. Construí uma vida independente do nada. Eu sei o que é dificuldade. Quis dizer que não vim para o Corinthians por dinheiro. Se viesse por dinheiro, ia para outro lado qualquer. E não faltam convites. Vim para o Corinthians por paixão. Parece, para mim, que as pessoas interpretaram o que eu disse de outra forma. Quis dizer é que estarei de corpo e alma com compromisso com o Corinthians. Estarei sempre de corpo e alma até o compromisso acabar e com respeito àquelas pessoas que vivem na dificuldade, porque também vi o que é dificuldade. Construí minha vida e tive sorte, mas trabalhei muito. Eu detesto arrogância. Se ofendi alguma pessoa de bem, ficam aqui as minhas desculpas. Não tive nenhuma intenção".

Imagem: Marco Galvão/FotoArena/Estadão Conteúdo

Um técnico calmo para decidir a renovação

Já na parte final da coletiva, VP abordou uma possível renovação com o Corinthians — ele tem contrato até o final deste ano. O português afirmou que já recebeu uma oferta do presidente Duílio Monteiro Alves para ampliar seu contrato, mas optou por esperar o fim da temporada.

"Vou confessar uma coisa: o presidente [Duílio] disse isso [sobre renovação] depois do jogo contra o Palmeiras: 'se quiser renovar, renovamos hoje'. Só é possível transformar as coisas em um ambiente de equilíbrio. O presidente disse isso depois de uma derrota, isso é que é mérito. Eu disse, quando cheguei, que esperaria até o final da temporada e que lá conversaríamos como amigos. Eu sinto que tenho amizade com eles. Sinto que estou em um ambiente familiar e que me tratam bem. No fim do ano, sentaremos, avaliaremos o que fizemos e vamos entender os pontos de vista do clube, meu e da minha família. Aí tomaremos as decisões acertadas".

Imagem: Gil Gomes/AGIF

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