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São Paulo se fortalece e faz de espinha dorsal trunfo para decisão de vaga

Jogadores do São Paulo comemoram gol de Calleri contra o Bragantino em jogo do Brasileirão - Marcello Zambrana/AGIF
Jogadores do São Paulo comemoram gol de Calleri contra o Bragantino em jogo do Brasileirão Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Thiago Braga

Do UOL, em São Paulo

16/08/2022 04h00

Iniciando mais uma semana decisiva na temporada, o São Paulo tem muito a comemorar após a vitória por 3 a 0 sobre o Red Bull Bragantino, no último final de semana. Além de quebrar o incômodo jejum de seis jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro, a vitória serviu para o elenco voltar a ter a confiança em alta antes de mais um duelo de mata-mata. Na quinta-feira (18), decide a vaga à semifinal da Copa do Brasil diante do Amétrca-MG.

Rogério Ceni já havia destacado a dificuldade de o time não conseguir transformar a superioridade em campo em vitórias. O São Paulo é quem mais empatou no Brasileiro até aqui - 11 partidas. O que fez o time, inclusive, desperdiçar pontos, o que o afastou dos líderes do torneio.

No Brasileirão, o Tricolor só tinha uma vitória por mais de um gol de diferença neste ano, fato que aconteceu em abril, quando a venceu o Athletico-PR por 4 a 0, na primeira rodada. Em todas as competições, a última vitória por mais de dois gols aconteceu contra a Universidad Católica-CHI, pela Sul-Americana, em 7 de julho.

"Acho que o time competiu como sempre, foi feliz nas finalizações sempre. A gente não pode achar que a vitória apaga os erros, mas tem um futebol convincente", falou Ceni, após o jogo com o Bragantino.

O aumento de rendimento surge em um momento crucial da temporada, antes de um jogo eliminatório que pode levar o time à semifinal da Copa do Brasil, e com a equipe ainda precisando se recuperar no Brasileirão, para se afastar de vez da zona de rebaixamento e, quem sabe, sonhar em se aproximar do G4 e garantir a vaga na edição 2023 da Libertadores.

Depois da instabilidade e do aumento de lesões, que fez com que o time tivesse três empates em uma mesma semana - 2 a 2 com o Fluminense, 3 a 3 contra Internacional e Goiás -, Ceni pôde contar a cada jogo de lá para cá com um número maior de titulares. Assim, o desempenho foi aumentando gradativamente.

O trio de zagueiros formado por Diego Costa, Miranda e Léo voltou a ser utilizado com frequência, dando mais segurança defensiva ao time. Dos 55 jogos do São Paulo no ano, Diego Costa e Léo participaram de 40 partidas. Já Miranda tem 30 jogos, mas perdeu algumas partidas recentemente por conta de dores musculares.

Nas alas, Igor Vinícius e Rafinha disputaram 35 jogos, mas Igor Vinícius parece cada vez mais à vontade e marcou dois gols nos últimos dois jogos.

"Numa linha de três, o Igor Vinicius se torna um jogador importante. Comete alguns erros de construção de jogo, mas chega bem ao ataque", elogiou Ceni.

Na esquerda, Welington e Reinaldo têm se revezado. Mas o camisa 6, além de ser o batedor oficial de pênaltis do time quando está em campo, tem aparecido bem no ataque, e deu duas assistências nos 3 a 0 sobre o Bragantino.

No meio de campo, Gabriel Neves parecia sem espaço até o time ficar sem volante e ele passar a ser utilizado como primeiro homem de marcação. Suas atuações contra o Palmeiras, pelo Brasileiro e Copa do Brasil, o credenciaram a tomar a posição, pelo menos enquanto Luan não volta de lesão.

Crias de Cotia, Igor Gomes e Rodrigo Nestor são muitas vezes criticados pela torcida. Mas internamente contam com a confiança de Ceni. Gomes atuou em 43 partidas até aqui, enquanto Nestor jogou em 44 jogos, e balançou as redes do Bragantino nos 3 a 0 do último domingo.

Além deles, nos últimos jogos o comandante tricolor também passou a contar com Patrick e Nikão. Contratados no início do ano para dar mais experiência ao elenco, os dois sofreram com lesões durante a temporada. Mas voltaram a tempo de serem fundamentais. Nikão anotou o gol do 1 a 0 sobre o Ceará, no Morumbi, pela Sul-Americana, enquanto Patrick marcou o gol decisivo que eliminou o Ceará nos pênaltis, na Arena Castelão.

Mas quem mais jogou no time até aqui foi Calleri. Em 46 jogos no ano, marcou 20 gols. Além dele, Ceni também viu Luciano espantar a má fase e voltar a marcar gols, assumindo a vice-artilharia da equipe no ano, com 14 gols em 39 jogos.

Assim, com toda a confiança e quase sem desfalques, o São Paulo volta a campo na quinta-feira (18), às 21h, na Arena Independência, lutando para conseguir a classificação à semifinal da Copa do Brasil, diante do América-MG.

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