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A um jogo da meta, Inter revive 2008 e usa Sul-Americana como trampolim

Inter tem duelo contra o Melgar para seguir sonhando com título da Sul-Americana - Maxi Franzoi/AGIF
Inter tem duelo contra o Melgar para seguir sonhando com título da Sul-Americana Imagem: Maxi Franzoi/AGIF

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

11/08/2022 04h00

O Internacional está a um jogo de atingir a meta estabelecida na Sul-Americana. Em sua projeção de resultados feita no início da temporada, o Colorado planejava, ao menos, ser semifinalista da competição. Para isso é necessário vencer o Melgar, hoje (11), às 19h15 (de Brasília), no Beira-Rio. O estágio remete a 2008, quando a competição foi trampolim do clube para retomada de grandes feitos.

No jogo de ida, em Arequipa, no Peru, o empate em 0 a 0 deixou os adversários desta noite em igualdade. Quem vencer, avança. Em caso de empate, independentemente do placar, a decisão será nos pênaltis. O classificado terá pela frente o Independiente del Valle, do Equador, que despachou o Deportivo Táchira, da Venezuela.

No planejamento de início de temporada, a semifinal era fase mínima projetada pelo Inter. Ou seja, para bater este objetivo de orçamento — ao contrário do que houve com a Copa do Brasil, quando a equipe caiu para o Globo (RN) na primeira fase — é preciso se classificar.

No coração de todos os colorados, no entanto, a retomada das conquistas está acima da meta financeira. O Inter não conquista um título sequer desde 2016, um jejum longo e angustiante para os colorados.

Sul-Americana como trampolim para feitos maiores

Não era exatamente este o cenário em 2008, mas poderia ser. O Inter, dois anos antes, tinha atingido os maiores feitos de sua história. Venceu a Libertadores na final contra o São Paulo, e o Mundial sobre o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho em 2006. Só que o ano seguinte foi catastrófico.

Numa ressaca que parecia não ter fim, o 2007 vermelho mostrou um horizonte assustador. O Inter foi eliminado na primeira fase da Libertadores, sequer chegou às finais do Gauchão e fechou o Brasileirão como 11º colocado. Veio 2008 e tudo precisava ser diferente. Então, a Sul-Americana virou trampolim e abriu caminho para a volta de dias melhores.

O Inter já tinha vencido o Gauchão no começo do ano, mas precisava de uma conquista mais pesada para apagar de vez as marcas do ano anterior. Sob comando de Tite, iniciou na competição continental a montagem do time que voltaria a erguer a taça da Libertadores dois anos mais tarde e que por pouco não levou o Brasileirão ou a Copa do Brasil de 2009 — sendo vice-campeão de ambos.

Foi o time que bateu o Estudiantes na final e se tornou o primeiro brasileiro a vencer a Sul-Americana que abriu caminho para um dos maiores ídolos recentes do Colorado: D'Alessandro. A estreia dele com a camisa do Inter foi exatamente na competição, no clássico Gre-Nal que marcava a fase inicial do torneio.

Daquela equipe, Índio, Bolívar, Guiñazu, D'Alessandro, Sandro, Taison e Andrezinho permaneceram até a Libertadores de 2010. Nomes importantes como Magrão, Alex, Marcão e Álvaro também estavam no time.

A Sul-Americana não deu vaga na Libertadores do ano seguinte, pois naquela época tal classificação não ocorria, mas abriu caminho para que o Colorado pudesse, na oportunidade mais breve, voltar a erguer a taça.

Hoje, o que os mais de 45 mil torcedores que estarão no Beira-Rio esperam reviver o passado. A meta é seguir sonhando com a taça e fazer de 2022 o início da virada.

FICHA TÉCNICA:

INTER x MELGAR
Competição:
Copa Sul-Americana, volta das quartas de final
Data e hora: 11 de agosto de 2022 (quinta-feira), às 19h15 (de Brasília)
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Transmissão na TV: Conmebol TV
Árbitro: Roberto Tobar (CHI)
Auxiliares: Christian Schiemann e Claudio Rios (ambos chilenos)
VAR: Juan Lara (CHI)

INTER: Daniel; Bustos, Mercado, Vitão e Renê; Gabriel, Edenilson, De Pena, Wanderson e Alan Patrick (Mauricio); Braian Romero. Técnico: Mano Menenzes

MELGAR: Carlos Cáceda; Alejandro Ramos, Deneumostier, Galeano (Lazo) e Paolo Reyna; Orzan, Alexis Arias e Martín Pérez Gueres; Cabrera, Bordacahar e Bernardo Cuesta. Técnico: Pablo Lavallén

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