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Coisa de filme: Felipão explica vaga heroica do Athletico na Libertadores

Felipão, em coletiva de imprensa - Reprodução/Twitter/@AthleticoPR
Felipão, em coletiva de imprensa Imagem: Reprodução/Twitter/@AthleticoPR

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/07/2022 00h43

Muito elogiado pela torcida do Athletico, Felipão conseguiu classificar a equipe às quartas da Libertadores depois de 17 anos. Em seu 14ª jogo seguido de invencibilidade, o Furacão arrancou o empate por 1 a 1 com o Libertad fora de casa.

"Passamos um vídeo mostrando o que nós não gostaríamos que acontecesse. Foram defeitos que tivemos contra o Palmeiras, o próprio Libertad. Mostramos o que estava errado. E, um segundo vídeo, com o que estava certo. O que aconteceu foi exatamente igual. Copiamos o vídeo errado no primeiro tempo e o certo no segundo. Não se joga mais 90 minutos com 11 jogadores. Se não tiver os 16, vamos ter problemas. E isto é o que estou fazendo com o grupo, dando possibilidade dos jogadores melhorarem e do Athletico crescer", declarou.

O plano de Felipão era bem elaborado. Ele revelou que os atletas sabiam as alterações que seriam feitas e explicou as razões disso.

"Antes do jogo, já tínhamos quem ia bater os pênaltis, quais alterações iríamos fazer pelas penalidades. Fizemos um teste no Cirino para ver se ele tinha condições. Esperávamos a imposição do Libertad e 2 ou 3 bolas para fazer o gol, assim como tivemos aos dois minutos de jogo. O Cirino e o Rômulo eram possibilidades de segundo tempo, pois têm 1,90m. Em determinado momento ia fazer a alteração, eles já sabiam que iriam entrar, pois o Libertad iria nos sufocar e iríamos precisar de dois grandes nos momentos finais. Também foram importantes nisso. Rômulo iria bater pênalti, se a decisão fosse. Cirino era o segundo batedor. Graças a Deus, não precisou", afirmou.

Muito vibrante com o gol da classificação, que saiu aos 44' do segundo tempo, o treinador acredita estar revivendo seus grandes momentos. O tento, inclusive, saiu dos pés de dois jogadores que entraram na segunda etapa: Khellven, que cobrou a falta, e Rômulo, o herói da classificação.

"Os jogadores não se intimidam, buscam coisas melhores no jogo. Estamos fazendo um campeonato equilibrado. Estamos entre os 8 melhores da América depois de 17 anos. Aspiramos coisas melhores, mas ainda precisamos ter mais qualidade. Estamos trabalhando. A emoção que eu sinto é estar começando ou revivendo grandes trabalhos. Essa meninada te ouve, sabem que é para o bem deles. Conseguimos um feito e vamos continuar assim. Esse é o Athletico", destacou.

Confira outros trechos da coletiva

Prefere Estudiantes ou Fortaleza?

Agora vamos saber o próximo adversário e nossa intenção é passar para ficar entre os quatro melhores e, depois, ver o que vamos conseguir. Não queremos parar pelo caminho. Estamos torcendo para que os brasileiros passem, pois para nós é bom. Eles também vão se desgastar, jogando os três campeonatos. Agradeço a torcida pelos elogios, mas o melhor a fazer é jogar no dia 12, contra o Bahia, com 25 mil no estádio. Quero a torcida incendiando o estádio e dando um calor no adversário.

Gosto especial pela Libertadores

Na vida de todo técnico, a Libertadores é diferente. Temos que aprender determinadas situações e passar para o grupo. Posso dizer, pela experiência, que posso passar algo a mais para esse grupo de jovens. Já joguei a Uefa, a Champions da Ásia, mas é um campeonato nosso. Quando a gente consegue ultrapassar e dar passos que não eram dados há tantos anos, é uma felicidade muito grande. Voltamos para Curitiba confortáveis, com nossas famílias felizes. Foi um dos momentos mais fantásticos da minha carreira. Classificar aos 45' vai ficar marcado no Furacão. Quero ficar marcado, pois o clube está dando uma alegria muito grande na minha vida.

Opções por Orejuela e Erick

Erick fazia uma função de marcação, também é muito bom na bola aérea. Orejula mais alto que o Kelven. Foi muito bem contra o Palmeiras. A gente escolheu e, depois, quando entendi que ele estava cansado, entrou o Khellven. Foi pela altura, às vezes somos obrigados a fazer uma estratégia diferente.

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