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Empate no Maracanã lotado mostra a Maurício Souza a ansiedade vascaína

Torcida do Vasco no Maracanã, durante duelo com o Sport, pela Série B do Campeonato Brasileiro - Daniel Ramalho/CRVG
Torcida do Vasco no Maracanã, durante duelo com o Sport, pela Série B do Campeonato Brasileiro Imagem: Daniel Ramalho/CRVG

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

04/07/2022 04h00

Ao apito final, vaias e xingamentos. O empate com o Sport, em um Maracanã lotado, mostrou a Maurício Souza a ansiedade da torcida vascaína na atual temporada. Ao não conseguirem o resultado positivo, o treinador e o time foram alvo dos protestos na rodada seguinte à derrota para o Novorizontino, que representou a perda da invencibilidade na Série B do Brasileiro, que durou 14 partidas.

O duelo com o Leão — que marcou a estreia do técnico Lisca —, foi o quarto compromisso de Mauricinho à frente da equipe, com duas vitórias, um empate e uma derrota. O treinador, inclusive, ainda tenta afastar a desconfiança à qual a sua contratação esteve envolta.

"A gente espera que, no próximo jogo em casa, ela [torcida] volte a nos apoiar porque tem sido fundamental na campanha. A gente sabe a dificuldade da competição e que isso [protestos] pode acontecer toda vez que o resultado não acontecer", disse, em coletiva após o jogo.

A cobrança acontece em meio a um momento em que a torcida "abraçou a causa" e os jogos vêm tendo boa presença de público — não à toa, a diretoria brigou para o duelo de ontem acontecesse no Maracanã.

O atual treinador vive um pouco do que o antecessor Zé Ricardo também viveu. O antigo comandante também foi alvo de duras críticas e até mesmo pedidos pela demissão, principalmente após a eliminação precoce na Copa do Brasil. Mas a cúpula cruz-maltina o manteve e a equipe acabou por engrenar na competição.

Zé Ricardo pediu demissão no início do mês passado, ao aceitar proposta do Shimizu S-Pulse, do Japão. O Vasco, então, foi ao mercado e acertou com Maurício Souza, que, na chegada, foi enaltecido pelo diretor de futebol Carlos Brazil.

Apesar dos bons resultados na base, o fato de ser o primeiro trabalho à frente de um elenco profissional parece ainda pesar na avaliação da arquibancada. Após o empate com o Sport, porém, houve também elogios de integrantes do elenco.

"Eu enfrentei o Mauricinho diversas vezes na base e ele sempre fez um excelente trabalho. Acho que todo mundo tem de começar uma vez. Todos os treinadores que hoje são grandes, um dia começaram assim como ele. Então, damos total apoio e estamos fechados com ele. O trabalho dele é bom, e estamos tentando demonstrar dentro de campo. Infelizmente, hoje não conseguimos a vitória, mas, agora, é continuar focados nesta semana cheia e ir para Criciúma fazer um grande jogo", afirmou.

Em meio à crise anterior, o meia Nenê, um dos mais experientes do elenco e remanescente da última temporada, lembrou que o Vasco de 2022 carrega um peso pelo fracasso do ano anterior, quando teve campanha muito abaixo do que se esperava e não conseguiu o acesso à elite.

"Existe toda essa pressão que vem do ano passado. Sinto que às vezes, mentalmente, o time peca por isso, misturando a pressão e entendimento do jogo. Isso afeta. Não culpo o torcedor, que está sofrendo há muitos anos e sofreu muito no ano passado. Mas acaba afetando, é algo que não é conosco. Estão falando que não entramos no G-4 há 40 rodadas. Como, se o campeonato começou nesse ano e tem cinco rodadas. O que aconteceu no ano passado acabou", indicou, em coletiva realizada no dia 4 de maio.

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