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Empate dá respiro ao Santos antes de sequência dura contra Táchira e Fla

Fabian Bustos, técnico do Santos, durante jogo contra o Red Bull Bragantino no Brasileirão - ANDERSON LIRA/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO
Fabian Bustos, técnico do Santos, durante jogo contra o Red Bull Bragantino no Brasileirão Imagem: ANDERSON LIRA/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/06/2022 04h00

O empate por 0 a 0 ante o Corinthians esteve longe de ser a melhor atuação do Santos na temporada, mas, após os protestos da torcida e a goleada sofrida dias antes contra o rival, ao menos o desempenho pode representar um alívio para a comissão técnica.

Isso porque, após a derrota por 4 a 0, que ganhou um novo componente com a pressão da torcida, o cargo do técnico Fabián Bustos balançava. Como mostrou reportagem do UOL Esporte, um novo revés em Itaquera podia significar ao argentino o fim de sua passagem pelo Alvinegro Praiano.

Mas, para além do ponto conquistado diante de um adversário superior — com time misto, é verdade —, os santistas mostraram uma notável melhora em relação à apática performance de 72 horas antes.

O lateral-esquerdo Felipe Jonatan observou, logo depois do apito final, que a realidade teria sido outra se o Peixe tivesse jogado com a mesma postura na quarta-feira. "Se a gente entrasse como hoje, não teríamos perdido o jogo", disse.

Time entra ligado e defesa funciona, mas ataque vai mal

Se o Santos realmente sairia da Neo Química Arena com uma vitória ou empate na quarta, como descreveu Felipe Jonatan, não é possível saber. Mas o fato é que, na noite de ontem (25), o time atuou com mais intensidade, e a defesa se saiu bem.

Comandados por Lucas Ochandorena, devido à suspensão de Bustos, os santistas começaram melhor, levando perigo em três oportunidades, e quase balançaram as redes.

Após os primeiros 20 minutos, o ritmo até baixou, mas ainda assim os visitantes seguraram o Corinthians, que evoluiu na etapa final, com as entradas de Willian e Giuliano.

Reserva na vexatória goleada, Emiliano Velázquez foi o destaque do jogo, com cinco interceptações, quatro cortes, três desarmes e um drible, segundo a plataforma SofaScore. Ao seu lado, Bauermann também se saiu bem, e colaborou para que John fosse poucas vezes exigido.

Em contrapartida, o sistema ofensivo santista foi quase nulo. Com Léo Baptistão recuado, fora de posição, o Peixe pouco criou, e, nas poucas oportunidades que teve, faltou a pontaria.

Felipe Jonatan notou a falha nas finalizações, problema que, para ele, é o principal a ser resolvido para as próximas partidas. "No final [do jogo], tivemos a oportunidade de ganhar", lembrou.

Pressão da torcida

Na noite de sexta-feira (24), torcedores organizados do Santos haviam feito uma barreira para impedir a entrada do ônibus da delegação do Peixe no hotel onde estava hospedada.

Assim, após meia hora de negociação, acompanhados dos seguranças do clube, os jogadores conversaram com a torcida.

O resultado pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil aumentou a tensão entre as duas partes, fato citado por Felipe Jonatan após o empate por 0 a 0 pelo Brasileirão.

"Primeiramente, pedir desculpas à torcida por quarta-feira. Entramos desligados. Ontem conversamos com a torcida no hotel. Queremos pedir desculpas, e dizer que vamos crescer cada vez mais", assegurou Felipe.

Sequência decisiva

Após uma semana turbulenta com dois clássicos diante do Corinthians, o Santos vai encarar uma sequência difícil pela frente.

Primeiro, na quarta-feira (29), o time visita o Deportivo Táchira-VEN, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana.

No próximo sábado (2), será a vez de receber o Flamengo pela 15ª rodada do Brasileirão. No dia 6, quarta-feira, a volta diante do Táchira, na Vila Belmiro.

Diante do atual cenário, os três confrontos serão essenciais para a manutenção do trabalho de Bustos à frente do Santos.