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Fla se prepara para clássico na pressão, e torcida vê diretoria na Europa

Dirigentes do Flamengo: Bap, Rodolfo Landim, Rodrigo Dunshee, Gustavo Oliveira e Tostes - Marcelo Cortes / Flamengo
Dirigentes do Flamengo: Bap, Rodolfo Landim, Rodrigo Dunshee, Gustavo Oliveira e Tostes Imagem: Marcelo Cortes / Flamengo

Letícia Marques

do UOL, no Rio de Janeiro

27/05/2022 04h00

A turbulência que circula o Flamengo ganhou um novo capítulo nesta semana, quando a comitiva com dirigentes rubro-negros desembarcou na França para assistir à final da Liga dos Campeões. Com mais este ingrediente para entrar em ebulição, o Rubro-Negro segue a programação normal e se prepara para o clássico com o Fluminense, domingo (28), pelo Brasileirão.

O presidente Rodolfo Landim, o vice-presidente geral Rodrigo Dunshee e o VP de marketing Gustavo Oliveira representam o Flamengo a convite da Adidas, fornecedora de material esportivo do clube. Além do trio, Luiz Eduardo Baptista, presidente do Conselho de Administração, e Rodrigo Tostes, vice de finanças, são outros funcionários do clube que estão na Europa, no entanto, por contra própria.

Com cinco membros da diretoria em solo europeu, a representatividade no Maracanã domingo é de Marcos Braz, o vice-presidente de futebol. Além dele, é esperada a presença de Bruno Spindel, diretor executivo. Cabe destacar que a dupla, junto ao Landim, são os principais alvos dos recentes protestos da torcida.

É neste contexto, sob os olhos de Braz, que o Flamengo se prepara para enfrentar o Fluminense, o grande algoz do elenco. Nos últimos dois anos, foram nove confrontos e apenas uma vitória do Rubro-Negro, além de dois empates e seis derrotas.

Vaias no Maracanã

A sequência de jogos no estádio foi vista como aliada em momento de crise, no entanto, o cenário não se desenhou para esse caminho. As três vitórias no Maracanã, a classificação às oitavas das Copas e a terceira melhor campanha na fase de grupos da Libertadores não foram o suficiente para acalmar a turbulência e diminuir a pressão.

Ao fim das partidas contra Universidad Católica, Goiás e Sporting Cristal, o elenco do Flamengo foi vaiado ao deixar o gramado. Além disso, antes mesmo da bola rolar, protestos foram feitos nas arquibancadas, principalmente, pedindo a saída de Landim e Braz.

A tendência é que as manifestações contra a diretoria saíam das arquibancadas. Circula nas redes sociais convocação para protesto na porta da Gávea, no domingo, antes do Fla-Flu. O movimento ganhou força após a repercussão negativa da viagem de Landim à Europa.

Pressão no técnico

A diretoria não é a única peça no meio da turbulência. O técnico Paulo Sousa é alvo de críticas por parte da torcida, que pede melhor performance do elenco, e por isso tem sido vaiado nos últimos jogos, mesmo com as vitórias e classificações.

Publicamente, Braz e Spindel deram respaldo ao técnico após o jogo contra o Goiás, no último sábado (21), que foi o segundo na sequência no Maracanã e o dia do pronunciando sobre o 'caso Diego Alves'.

Apesar disso, uma ala interna no clube pressiona pela saída de Sousa. No entanto, além da confiança dos principais membros do departamento de futebol, o português tem o respaldo de Landim, que não cogita a demissão.