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Briga, Arce e decisões: Veja histórias de Palmeiras x Cerro na Libertadores

Felipe Melo reclama com o árbitro Germán Delfino após ser expulso no jogo entre Palmeiras e Cerro Porteño - EFE/Sebastião Moreira
Felipe Melo reclama com o árbitro Germán Delfino após ser expulso no jogo entre Palmeiras e Cerro Porteño Imagem: EFE/Sebastião Moreira

Diego Iwata Lima

Do UOL, em São Paulo

27/05/2022 14h57

Dos adversários possíveis, o Cerro Porteño era o time que o Palmeiras mais havia enfrentado em partidas pelo torneio.

No total, são dez jogos, quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas, com 17 gols marcados e dez gols sofridos pelo Palmeiras.

Os encontros aconteceram pelas fases de grupos de 1999, 2001, 2005 e 2006, além das oitavas de final de 2018.

Tal recorrência faz com que os clubes tenham causos interessantes para contar quando se enfrentaram.

Em 1999, jogo dramático e Arce deram vaga ao Palmeiras

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Arce, do Palmeiras
Imagem: Ernesto Rodrigues/Folhapress

O Palmeiras chegou ao seu último jogo da fase de grupos a perigo, em 1999. O Alviverde era segundo da chave, com sete pontos, empatado com o Cerro. Para piorar, os paraguaios saíram na frente no Parque Antárctica.

Aí, brilhou a estrela de Chiqui Arce. O lendário lateral-direito paraguaio era cria da base do Cerro. Foi dos pés dele que saiu o cruzamento para Júnior Baiano empatar o placar. E, mais tarde, em cobrança de falta que Zinho rolou para ele, foi também Arce quem fez o 2 a 1 e garantiu o Verdão nas oitavas.

Arce, coincidentemente, é hoje o técnico do Cerro. Deve estar ávido para devolver o favor ao Cerro, muito embora também tenha criado muita identidade com o Palmeiras pelos anos passados na Academia de Futebol.

Alceu deu voadora em derrota do Palmeiras de Emerson Leão

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Palmeiras 2 x 3 Cerro Porteño (2006)
Imagem: Tom Dib/Futura Press

O Palmeiras, já garantido nas oitavas, entrou para enfrentar o Cerro em 2006 para garantir o primeiro lugar e evitar um confronto complicado. Além disso, defendia uma invencibilidade de 27 anos diante de estrangeiros em seu estádio. Não conseguiu nem uma coisa, nem outra.

No campo, Marcinho, ex-São Caetano, brilhou com dois gols, mas não foi suficiente. O Palmeiras perdeu por 3 a 2. Mas foi no intervalo do jogo que aconteceu algo que realmente tornou célebre a partida.

O zagueiro Douglas, do Palmeiras, e o meia Baez, do Cerro, entraram em discussão logo após o apito final, e foram expulsos, mesmo com a bola parada. Baez então empurrou Douglas. E começou uma briga generalizada. Se no jogo, que brilhou foi Marcinho, na briga, Alceu, com uma voadora digna de videogame, eternizou o jogo.

Classificado em segundo de sua chave, o Palmeiras teve nada menos que o São Paulo, que vinha de ser campeão do torneio e Mundial, pela frente nas oitavas. E foi eliminado.

Time de Felipão teve dificuldades por expulsão de Felipe Melo

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Árbitro mostra cartão vermelho para Felipe Melo
Imagem: Nelson Almeida/AFP

Em 2018, o Palmeiras, 19 anos depois com Felipão no comando, encontraria o Cerro Porteño. E assim como em 2022, o confronto quatro temporadas atrás também foi pelas oitavas de final.

Após boa vitória em Assunção, com dois gols de Borja e um 2 a 0 sem percalços, o jogo de volta tinha tudo para ser tranquilo. Mas Felipe Melo providenciou uma dificuldade para o seu time.

Aos 3 minutos, Melo deu uma entrada violenta em Cáceres e foi expulso inapelavelmente. Desse modo, o Palmeiras jogou quase a partida inteira com um a menos e foi derrotado por 1 a 0, em um dos maiores banhos de água fria da história recente do clube.

Mas o Palmeiras seguiu. Bateu o Colo-Colo nas quartas e teve o Boca Juniors, a quem enfrentara na fase de grupos, pela frente, na semifinal. E não resistiu, diante do time que viria a ser vice-campeão, diante do rival River, em jogo disputado em Madri, na Espanha.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado no texto, o Palmeiras marcou 17, e não sete, gols no Cerro Porteño pela Libertadores. O erro foi corrigido.

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